Dois mil trabalhadores e trabalhadoras rurais ligados ao Sindicato dos Trabalhadores de Juazeiro (BA) fizeram, nesta segunda-feira (27), uma manifestação ao embargo da Justiça à fazenda Mariade. Em outra ação, representantes da Contag e do Sindicato de Juazeiro foram recebidos pela juíza da 5ª Vara de Crime da Justiça Federal, Ana Paula Mantovani, para tratar do assunto.
No encontro, que aconteceu em São Paulo, os sindicalistas esclareceram à juíza a situação dos trabalhadores na região. Segundo o secretário de Assalariados e Assalariadas, Antônio Lucas Filho, Ana Paula ficou de apresentar uma resposta ainda hoje.
Desde que o proprietário da fazenda, o traficante colombiano Gustavo Duran Bautista, foi preso no Uruguai, os trabalhadores e trabalhadoras rurais ficaramameaçados de não receber salários, em função do embargo da Justiça. Segundo investigação da Polícia Federal, a propriedade era usada para o tráfico de drogas.
A fazenda Mariade empregava com carteira assinada os trabalhadores fixos e safristas. Segundo Agnaldo Meira, presidente do Sindicato de Juazeiro, os funcionários não sabiam das irregularidades e viam na fazenda uma boa oportunidade de emprego, já que o patrão cumpria toda a legislação trabalhista.
Os dois mil trabalhadores rurais farão manifestação na próxima quarta-feira (29) para reivindicar que a Justiça assegure a colheita e venda das safras da uva e da manga para efetuar o pagamento deles. Eles irão se concentrar na sede da empresa, às 8h, e percorrerão 5 km até o centro de Juazeiro.
A Contag reivindicana Justiça a nomeação de um interventor para assegurar que a safra seja colhida e vendida para efetuar o pagamento dos trabalhadores. A confederação quer, ainda, a expropriação das terras para a reforma agrária.
Mais informações com o diretor do Sindicato de Juazeiro Joaquim: (74) 3612 8579/8647/3061 4577/9966 5432.
Agência Contag de Notícias