A CONTAG foi convidada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) para compor o painel sobre Reforma Agrária Popular, ocorrido hoje, dia 11, no VI Congresso do MST, que acontece de 10 a 14 de janeiro em Brasília. O presidente Alberto Broch representou a Confederação nessa atividade, que contou também com a participação de representantes do próprio MST, de outros movimentos sociais e do especialista em questão agrária Guilherme Delgado.
Broch aproveitou a oportunidade para parabenizar o MST pelos seus 30 anos de história, de lutas, resistências e conquista para os trabalhadores e trabalhadoras do campo. O presidente destacou que a reforma agrária é a principal bandeira de luta do projeto político da Confederação, que é o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que tem como objetivos fazer o contraponto ao modelo de desenvolvimento defendido pelo agronegócio, democratizar o campo e fortalecer a agricultura familiar.
Portanto, Alberto Broch aproveitou para dizer que a CONTAG entende que a Reforma Agrária na atualidade tem que ser concebida como uma decisão da sociedade, a partir do reconhecimento sobre o papel estratégico que ela tem na construção do desenvolvimento rural sustentável capaz de produzir e reproduzir no campo a sustentabilidade ambiental, econômica, política e cultural do Brasil. “Para isso, precisamos lutar pela possibilidade de um 3º Plano Nacional da Reforma Agrária, com todos os elementos necessários para uma reforma agrária que realmente atenda as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras sem terra. A reforma agrária chamada classista tem perdido o sentido. É preciso compreender um novo paradigma dessa reforma”, afirma Alberto.
Depois desse intenso debate com as organizações que protagonizam a luta pela terra no Brasil, o dirigente avaliou a participação neste painel de forma positiva. “Foi um painel extremamente importante, pois coincidiu com a análise de conjuntura feita anteriormente de que é preciso repensar um novo modelo de reforma agrária para o Brasil e que precisamos, sobretudo, unificar a nossa luta com os outros movimentos sociais para avançarmos na construção da reforma agrária que queremos”, avalia o presidente.
FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila e Verônica Tozzi