Foi lançada no último dia 13 a terceira edição do Prêmio Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero. O concurso marca 25 anos da morte da líder sindical que lutava pelos direitos dos trabalhadores do campo. Margarida Alves foi assassinada em 12 de agosto de 1983. A iniciativa visa estimular a produção de pesquisas no meio rural, premiando os melhores projetos inscritos no concurso.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o objetivo desta edição é apoiar pesquisas, estudos e promover o pensamento crítico e prático sobre a igualdade entre homens e mulheres no meio rural. Serão destinados cerca de R$ 6 milhões para premiações, sendo mais de R$ 1 milhão para apoiar e premiar trabalhos voltados especificamente à temática das mulheres trabalhadoras rurais.A coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Foro, a premiação é importante porque valoriza a produção das mulheres do campo. "É preciso que possamos escrever mais sobre as mulheres do campo, que têm extrema importância política para o Brasil", destacou.
O prêmio está organizado em quatro modalidades: ensaio acadêmico, exclusivo para graduandos ou graduados das áreas de ciências humanas, sociais, agrárias e cursos afins; pesquisa e ação, para estudantes de ensino médio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera/Incra); memória e acervo, direcionada para trabalhadoras rurais, lideranças coletivas de comunidades ou organização de trabalhadoras rurais e pesquisa de pós-graduação, criada para pesquisadores e núcleos de pesquisa universitária.
Todas as propostas deverão abordar as relações de gênero e desenvolvimento rural sustentável e solidário nos contextos sobre agricultura familiar, reforma agrária, comunidades tradicionais, políticas públicas, movimentos sociais, meios de comunicação comunitários, educação básica, fundamental e de ensino superior, direitos sexuais e reprodutivos, meio ambiente, agroecologia e violência contra a mulher.
A terceira edição do Prêmio Margarida Alves é promovida pelo MDA, por meio do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag é umas das entidades parceiras na realização do concurso. FONTE: Ciléia Pontes com informações da Agência Brasil.