Às vésperas do Carnaval, a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Ministério da Saúde estão iniciando, por Pernambuco, pesquisa nacional para saber como anda o acesso de populações rurais ao SUS. A ideia é traçar a situação em todas as regiões do País, com amostras em um Estado de cada uma delas. O trabalho é o ponto de partida para atender reivindicação antiga de movimentos de agricultores. Sem os recortes urbano e rural nas estatísticas da saúde, ficam invisíveis os males de quem está longe da urbanização, mas enfrenta problemas como o uso indiscriminado de agrotóxicos, seca, falta de saneamento, leishmaniose, Chagas e esquistossomose. Se nas grandes cidades faltam médicos, nos lugarejos distantes pior ainda. É preciso incluir, no entanto, comunidades quilombolas e indígenas, para que o perfil do campo seja totalmente traçado. Quem responde JC - Por que ouvir os agricultores? SOCORRO SOUZA - É uma população 100% usuária do SUS e a rede perece despreparada para observar o adoecimento no campo, como o decorrente do agrotóxico. JC - A que se deve a escolha de Pernambuco? SOCORRO SOUZA - Há uma organização forte dos trabalhadores rurais por meio da Fetape e crescente terceirização da saúde pública do Estado que precisa ser acompanhada. Socorro Souza é a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e assessora de Políticas Sociais da CONTAG. FONTE: Jornal do Commercio do dia 07/02/2013