Na tarde desta quinta-feira (30), a rodadas de debates do II Encontro Nacional de Formação da Contag (Enafor) começou com a exposição da professora Elza Falkembach, da Universidade de Ijuí (RS). Atuante no movimento sindical do campo há quase 28 anos, ela falou sobre a vivência da sistematização da prática formativa da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc). "Para ilustrar o tema, abordei a massificação das pessoas como forma de colonização, situação em que o colonizador é o próprio mercado, o grande agente do capitalismo", afirma.
Segundo ela, a globalização vem igualando alguns valores no campo e na cidade. O desafio do movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR) é fazer o processo inverso da colonização e reconsiderar suas origens. "Temos que refletir sobre essa mudança, e não nos envergonhar dos nossos valores, assim como não assumir valores impostos", justifica.
Elza Falkembach acredita que o trabalhador e a trabalhadora rural devem verificar sua atuação no meio em que vivem e se socializam. Além disso, também devem perceber o seu processo de produção, o relacionamento com o meio ambiente e o que gostariam de mudar no seu cotidiano.
A especialista finalizou confirmando a importância de encontros como o Enafor para a consolidação dos projetos do MSTTR. "O Enafor é um marco dentro do processo de formação da Contag, pois é um momento no qual se faz um balanço do passado e perspectivas para o futuro. Propõe novos desafios e ajuda a construí-los". FONTE: Danielle Santos, Agência Contag de Notícias