A Política Nacional de Saúde Integral da População do Campo e da Floresta e as dificuldades no atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram temas da encenação teatral feita ontem (3) pelos participantes da oficina regional do Projeto Saúde e Gênero no Campo, que termina hoje em Maceió, Alagoas. A encenação, dirigida pelo grupo "Loucas da Pedra Lilás", de Recife, parou o calçadão da Rua do Comércio, no centro da capital alagoana.
Uma das integrantes do grupo, Gigi Vandler, explica que a encenação serviu para chamar a atenção dos cidadãos de Maceió para os problemas enfrentados pela população do campo e da floresta ao buscar atendimento médico. "Queríamos mostrar as dificuldades e as necessidades do atendimento pelo SUS e lembrar a todos que a população do campo não pode ser deixada de lado", frisa.
A oficina regional do Projeto Saúde e Gênero no Campo, coordenada pelo movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (MSTTR), reuniu cerca de 40 representantes de todos os estados do Nordeste em Maceió. Rilda Maria Jesuína, coordenadora de Mulheres da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL), explica que o objetivo foi capacitar os multiplicadores do projeto na região. "Foi importante porque vai fortalecer nossa atuação e discussão sobre uma política de saúde diferenciada para o campo e para a floresta", destaca.
Com o encerramento da oficina, que teve início no último dia 1, os participantes divulgarão o projeto em cada estado, território e município da região. Para Raimundo Nonato Gomes, representante do Território dos Lençóis Munin, no Maranhão, a oficina também foi importante para divulgar o trabalho que o MSTTR tem na área de saúde. "E para divulgar o projeto, nós já temos uma atividade marcada entre os dias 9 e 12 deste mês de julho no município de Rosário", informa. FONTE: Ciléia Pontes