O núcleo gestor do projeto "Saúde e Gênero no Campo" está reunido desde ontem (22) no Centro de Estudo Sindical Rural (Cesir), na Contag, para fazer a avaliação e sistematização de seus trabalhos. Coordenado pela Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag em parceria com o Ministério da Saúde, o projeto foi implantado em 2004 e tem como principais objetivos a organização e mobilização da população do campo em torno dos direitos à saúde, defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e fortalecimento do controle social.
O núcleo gestor é formado pelas coordenações do projeto na Contag e nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado de Santa Catarina. Durante a reunião que se encerra hoje, o grupo avaliou as atividades realizadas em vários estados, desde a retomada das ações do projeto em março deste ano. Também foi discutido um modelo de sistematização e monitoramento das informações e dos resultados das atividades realizadas.
"A sistematização é um enorme desafio. Por isso, estamos tendo uma dedicação importante para que possamos encontrar uma forma de sistematizar a riqueza que nós tivemos no decorrer da construção desse projeto, das ações que aconteceram desde a base, da ponta, até aqui, em âmbito nacional", informa a coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Foro.
O projeto "Saúde e Gênero no Campo" abrange 18 estados e o Distrito Federal. Desde a implantação, as ações de formação e mobilização já atingiram quase 1,5 mil lideranças, educadores e multiplicadores. Indiretamente, as ações já chegaram a uma população rural de mais de 130 municípios, em um total de mais de um milhão de pessoas.
Entre as ações desenvolvidas pelo projeto, até o mês de julho deste ano, estão a sensibilização e articulação de parcerias, seleção de multiplicadores, diagnósticos de participação, formação e capacitação de equipes e atividades educativas com a participação da comunidade. Nestas atividades destaca-se a participação do grupo "Loucas de Pedra Lilás", que promoveu oficinas de teatros em alguns estados. FONTE: Ciléia Pontes