A bancada feminista no Congresso Nacional não aumentou nesse pleito. Embora a quantidade de candidatas tenha sido maior em relação a 2006, o número de candidatas eleitas ainda foi pequeno, 56 cadeiras serão ocupadas por mulheres, um pouco mais de 10 por cento do total de parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado.
Quando o recorte do campo é feito o quadro fica ainda pior. Na análise da Secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro, a minirreforma eleitoral não adiantou muita coisa porque os partidos não cumpriram as resoluções.
As regras atuais prevêem uma cota mínima de 30% de candidaturas de mulheres em cada partido político e 10% do tempo total na propaganda eleitoral, em rádio e TV, dedicado às candidatas. Mas apesar do resultado tímido nessas eleições, a dirigente da Contag reafirma que todas as mulheres que concorreram às eleições são vitoriosas e que suas candidaturas são histórias de luta contra o machismo, preconceito e falta de recursos.
A dirigente reforça, ainda, a necessidade de o movimento sindical do campo se engajar para ajudar a eleger a primeira mulher presidente do Brasil. “É preciso que a gente cerre fileira na discussão de uma reforma política no nosso país, que inclua a maioria da sociedade brasileira que se transformou em minoria política que são as mulheres”, considera.
Mesmo diante de um quadro inalterado de representação feminina no congresso um número dessas eleições é positivo. O número de candidatas mulheres que concorreram às eleições dobrou, quando comparadas a 2006. FONTE: Suzana Campos, Agência Contag de Notícias