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MEIO AMBIENTE
No Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, CONTAG faz alerta aos dados divulgados recentemente no relatório do IPCC
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16 de Março de 2022



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O Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é celebrado anualmente no dia 16 de março e o objetivo é chamar a atenção da população para essa questão, bem como para a necessidade de ações que reduzam o impacto dessas mudanças sobre a Terra.

A principal causa do aquecimento global e das mudanças climáticas é o aumento da emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²).

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) faz um alerta desesperado para a mudança de postura da humanidade. O relatório mostra que estamos em um processo irreversível de mudanças climáticas. Mesmo se parássemos de emitir CO², hoje, o planeta não se regeneraria. “A cada ano, o clima, impactado pela ação humana, tem provocado mais eventos extremos como secas e tempestades, e, no ritmo que estamos, a tendência é que a situação fique cada vez pior”, destaca o relatório.

A secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, destaca que a população brasileira vem pagando um preço alto pela falta de ações de combate ao desmatamento. “Desastres como o de Petrópolis/RJ têm se tornado cada vez mais frequentes. O preço a se pagar é alto, e a moeda muitas vezes são vidas humanas. Além disso, o prejuízo econômico é incalculável e a recuperação dos municípios atingidos pelas enchentes pode demorar anos”.

Enquanto isso, algumas regiões tradicionais de produção de grãos, como o sul do Brasil, passam por uma seca jamais vista, que já se arrasta por três anos. “Os agricultores e agricultoras familiares vêm perdendo safras inteiras, enquanto outros, que produzem leite, frango e suínos, já não sabem mais onde buscar água para os animais, já que as nascentes e poços estão secando. O relatório do IPCC é um pedido desesperado para que governos e a população saia do discurso e, de fato, adote uma postura efetiva de combate às mudanças climáticas”, explicou Sandra.

A dirigente da CONTAG afirmou que o Brasil tem um papel fundamental nesse processo, visto que a Floresta Amazônica possui um grande estoque de carbono na forma de floresta em pé, e o desmatamento provoca a liberação do carbono em forma de gás para atmosfera acelerando ainda mais o aquecimento global. “O governo brasileiro deveria ter como prioridade o combate ao desmatamento, mas a realidade é bem diferente”, defendeu.

O aumento da área desmatada vem crescendo exponencialmente nos últimos três anos. Os dados do instituto Imazon mostram que o aumento do desmatamento na Amazônia foi de 29% em um ano, chegando a 8.096 hectares de área desmatada em 2021, isso equivale à metade do estado de Sergipe.

Antes da publicação, o Relatório do IPCC foi revisado por cientistas de 195 países. “A preocupação é global, mas as ações são locais. Temos que fazer a nossa parte como cidadãos e cidadãs e cobrar das nossas autoridades uma ação mais efetiva. Não há mais lugar para negacionismo”, enfatizou a secretária de Meio Ambiente da CONTAG. FONTE: Secretaria de Meio Ambiente da CONTAG. Edição: Comunicação CONTAG



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