O cenário nos canaviais da usina Alvorada do Oeste nesta quinta-feira (13) continua sendo o mesmo observado nos dois últimos dias: trabalhadores e trabalhadoras rurais do corte de cana mobilizados no protesto contra salários em atraso e com suas atividades suspensas.Eles reivindicam o pagamento total do 13º salário, que estava previsto para ser depositado em duas parcelas, uma no dia 31 de novembro e outra em 10 de dezembro. O não pagamento por parte da indústria sucroalcooleira despertou a indignação dos trabalhadores, que resolveram abandonar os canaviais.Ainda ontem (12), no final da tarde, a empresa quitou uma das parcelas. No entanto, a falta de previsão do segundo pagamento fez com que os manifestantes decidissem continuar com a suspensão dos trabalhos. Aproximadamente oitocentos trabalhadores e trabalhadoras aderiram ao protesto.Na manhã desta quinta-feira (13), o sindicalista Rubens Germano, diretor da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp/CUT), retornou ao local do manifesto para assessorar os trabalhadores com a pauta de reivindicações. Além da segunda parcela do 13º salário, eles querem uma solução quanto aos cheques da empresa emitidos para trabalhadores residentes fora de Santo Anastácio, cidade sede da usina Alvorada. Os manifestantes alegam não conseguir descontar o valor de seus vencimentos pelo fato dos cheques não terem fundos. Outra solicitação é quanto a troca dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), cuja responsabilidade é da usina e que em alguns casos encontram-se sem condições de uso. De acordo com Germano, a paralisação não tem previsão de término. "Aguardamos aqui um pronunciamento da empresa quanto às reivindicações salariais e de segurança de trabalho. São direitos fundamentais e estaremos aqui para evitar possíveis ações truculentas contra os trabalhadores".Informações: imprensasindical@gmail.com