A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. E foi para debater sobre o tema e traçar estratégias de combate a doença no Mato Grosso, que a CONTAG, através da assessora de Políticas Sociais, Juliana Acosta, junto a representantes da Federação do Mato Grosso e do Sindicato de Campo Verde-MT, estiveram reunidos para tratar da situação da hanseníase em assentamentos da Reforma Agrária, no estado.
As informações levantadas na reunião apontaram que o Mato Grosso é o campeão na incidência da doença, e de toda a sua população, os rurais ainda são os mais vulneráveis, pois têm maiores dificuldades de acesso às ações e serviços de saúde. Os representantes do MSTTR aproveitaram a oportunidade para pensar como garantir uma atenção especial às famílias assentadas para diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. “O objetivo foi de socializar informações sobre a realidade local e elaborar estratégias de atuação especialmente nos assentamentos da reforma Agrária Don Osório e Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, a fim de conscientização da população, para desmistificação da doença e maior aderência ao tratamento, afinal Hanseníase tem cura. Serão realizadas atividades nos referidos assentamentos em parceria com Secretaria Estadual e Municipal de Saúde, MSTTR, MORHAN, Conselho Municipal e Nacional de Saúde”, destacou a assessora da CONTAG.
Ainda participaram do debate representantes do Movimento de Reabilitação de Pessoas Atingidas pela Hanseníase – MORHAN, coordenação da Vigilância Epidemiológica e em Saúde do Trabalhador do Estado e município de Campo Verde, dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST estadual e de Primavera do Leste, o MORHAN. Hanseníase: sintomas, tratamentos e causas Sintomas Os sintomas da hanseníase incluem: Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos). Tratamento A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia. Complicações possíveis A transmissão da hanseníase é feita a partir de um bacilo chamado Mycobacterium leprae, um parasita intracelular que apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. Os pacientes de hanseníase sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolvem a hanseníase. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da hanseníase é bastante longo, variando de três a cinco anos. Prevenção É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da hanseníase e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção da hanseníase baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Barack Fernandes, com informações da Secretaria de Políticas Sociais da CONTAG e do Portal: Minha Vida