Desde as 5h desta segunda-feira (18), cerca de 1000 trabalhadores/as rurais interditam a principal entrada das obras da Usina de Belo Monte no Pará, mais especificamente na entrada do Sítio Pimental, quilômetro 27 da BR-230, entre Altamira e Belo Monte-PA. No local, está o principal canteiro de obras da hidrelétrica.
A paralisação em Belo Monte faz parte dos vários atos do 21º Grito da Terra Brasil que acontecem em todo o País entreos dias 18 e 22 de maio. No Pará, a interdição é organizada pela Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri-PA) na perspectiva de garantir os direitos das populações da Transamazônica e Xingu.
A Força Nacional esteve lá pela manhã de hoje (18) analisando a situação e prometeu que até 12h voltariam para fazer o despejo, mas os trabalhadores afirmaram que não vão sair de lá. O movimento tem extensa pauta de reivindicações e já havia bloqueado o local no final da manhã desse domingo (17).
Reivindicações dos trabalhadores/as rurais
1) Uma solução entre INCRA e Funai sobre as terras indígenas para promover o reconhecimento das terras indígenas e onde identificar os assentamentos da agricultura familiar fazer a desentrusão com as indenizações e os reassentamentos;
2) A regularização dos projetos de assentamento e da agricultura familiar do entorno de Belo Monte que ainda não foi resolvida. Há um impasse, há muitos assentamentos embargados e o INCRA ainda não atuou sobre a questão;
3) O atendimento de todas as famílias que morm no entorno da obra pelo programa Luz Para Todos. Enquanto aobra de Belo Monte está toda iluminada com farois e holofotes, os assentamentos estão no escuro;
4) Habitação Rural: existem mais de dois mil projetos já protocolados e prontos para tramitar pelo PNHR na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil que ainda não tramitaram.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes