Como tema de destaque em evento paralelo da sociedade civil à reunião da cúpula de chefes de Estados, que aconteceu em Moçambique, na África (18 a 22 de julho), na Comissão Permanente dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a interveção das mulheres rurais se deu para tratar do direito humano à alimentação. “Nós, as mulheres rurais, ... , temos a convicção de que este será mais um encontro que trará resultados concretos para nossas vidas e não apenas um rol de declarações...”, declararam em carta as mulheres rurais em sua intevenção, apelando por mais investimentos no setor agrário voltado para elas, além da participação destas na discussão das políticas agrícolas, a fim de que correspondam aos reais anseios e necessidades de produção desse público. As rurais também reivindicam a criação e aprovação do Fórum das Mulheres Rurais da CLPP. Para a Rede de Organizações para a Soberania Alimentar (ROSA) a criação do fórum está fundamenta em princípios que conduzem à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres “como meios eficazes para combater a pobreza, a fome e as doenças, e para promover um desenvolvimento verdadeiramente sustentável”. Segundo a rede, entre as atividades promovidas estão a divulgação da legislação da CPLP favorável à mulher, a realização de capacitações sobre legislação e políticas, a criação de políticas e práticas favoráveis ao equilíbrio das relações de gênero, a orientação das mulheres para seu envolvimento proativo na produção e cadeia de valor, a cota de mulheres nos foruns de tomada de decisão, a documentação e divulgação dos casos exitosos envolvendo mulheres e o apoio à mulher em situação de conflito social, jurídico e social.
FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima