Na tarde desta terça-feira (31) inicia a primeira Conferência de ATER com paridade de gênero e as mulheres já se preparam para este momento. A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Alessandra Lunas, juntamente com companheiras do campo e da cidade de todo o País, realizaram a Plenária de Mulheres em preparação à Cnater.
Segundo a dirigente da CONTAG, essa conferência é mais um momento de resistência não só em defesa da assistência técnica pública, gratuita, de qualidade e feminista, mas também em defesa do não retrocesso dos direitos conquistados.
As mulheres também fizeram a defesa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) como uma conquista histórica na construção de um outro modelo de desenvolvimento rural.
Para as mulheres, a Ater precisa considerar as suas demandas e que seja adaptada às suas dinâmicas de trabalho. Necessitamos de técnicos capacitados para que percebam as nossas necessidades específicas e não reforcem a costumeira invisibilidade a que são relegadas as práticas das mulheres rurais, incluindo aí a produção para o autoconsumo, que na maioria das vezes nem é objeto de assistência técnica.
“Para nós, mulheres, a conferência acontece em um momento de ameaça à democracia, representada pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. Para nós delegadas, além de fazer a defesa da importância da Ater para o fortalecimento da agricultura familiar como estratégia para a produção de alimentos saudáveis para a mesa das(os) brasileiras(os), a conferência também visa reconhecer o papel das mulheres no processo de produção agroecológica. Portanto, defendemos a paridade na Ater, fortalecendo a assistência técnica específica para as mulheres”, destacou Alessandra Lunas. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi, com informações da Secretaria de Mulheres da CONTAG.