A paridade se efetiva na direção da CONTAG a partir da eleição que se realiza amanhã. Essa conquista se amplia para todo o Movimento Sindical quando a Plenária Final deliberou que, no próximo Congresso todas as Federações deverão assegurar a paridade em suas diretorias. Os delegados e delegadas deliberaram ainda que cada sindicato participará com duas pessoas, para garantir a participação paritária desde a base. O 12º CNTTR aprovou que a paridade com alternância de cargos não deve ser apenas uma questão de números, mas, principalmente, de construção de igualdade de condições de atuação e do fortalecimento das comissões municipais, estaduais ou dos polos de mulheres. A Plenária final também aprovou que o processo de renovação dos cargos respeite a paridade de gênero e a cota de jovens, ou seja, que a renovação não recaia apenas nos cargos ocupados por mulheres e jovens. No caminho para a efetivação da cota de 20% da cota de jovens em todas as instâncias do MSTTR, a juventude obteve uma grande conquista: a partir do 13º CNTTR, Federações e Sindicatos que não tenham no mínimo 20% de jovens em suas diretorias não inscreverão delegados e delegadas para participação nos Congressos seguintes.
O delegado Leomar Waiandt acredita que garantir que a renovação obrigatória não seja feita principalmente sobre as posições ocupadas por mulheres e jovens é uma conquista considerável. “A realidade hoje é que o envolvimento das mulheres no movimento sindical acaba não sendo muito longo porque logo são substituídas”, explica. Para Waiandt, também é um grande avanço garantir meios para que as cotas de juventude sejam realmente efetivadas. “Claro que poderíamos ter avançado mais, porque existem muitos jovens no campo que querem ter a oportunidade de participar e fortalecer o movimento sindical”, afirma ele.
Já a delegada Maria Umbelina Pereira dos Santos relata outra realidade em seu município: “Lá os jovens não têm muito incentivo para participar do sindicato. Acho que se fossem feitas mais ações de explicação do que é e para que serve o movimento sindical, eles se interessariam mais”, conta ela. Sobre a paridade, Maria Umbelina afirma estar muito feliz com as decisões da Plenária. “É muito importante dar espaço para as mulheres. O nosso movimento sindical está avançando cada dia mais”, orgulha-se a agricultora familiar. FONTE: Assessoria de Comunicação do 12º CNTTR - Lívia Barreto - com colaboração das assessorias de Política Agrária e Mulheres