Mulheres lideranças de diversas organizações sociais de todo o País estiveram reunidas nesta segunda-feira (23), em Belo Horizonte/MG, na sede da CUT/MG, para planejar ações do Dia Internacional da Mulher para o estado de Minas Gerais e definiram que o foco nesse ano será a luta contra a reforma da Previdência Social, seguindo a orientação nacional. As mulheres, principalmente as rurais, serão as mais impactadas com as propostas apresentadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, e as entidades irão intensificar a luta por nenhum direito a menos e contra qualquer tipo de retrocesso. A reunião foi convocada pela Articulação de Mulheres do Campo e, entendendo a importância desse assunto, a CONTAG e a FETAEMG participaram e contribuíram com o processo de construção desta agenda.
Bernadete Monteiro, representante da Marcha Mundial de Mulheres, explicou que essa é uma atividade programada desde o ano passado. “O objetivo é ter uma formação para qualificar a nossa luta contra a reforma da Previdência e, ao mesmo tempo, ser um espaço de organização para a luta do 8 de Março. Então, esse é um espaço onde também estamos fortalecendo os processos de construção unitária das mulheres de Minas Gerais.”
A coordenadora regional de Mulheres da FETAEMG no norte de MG, Eliane Aparecida Fernandes, também destacou a importância desse espaço da Articulação de Mulheres do Campo para a construção de momentos de unidade para fazer o enfrentamento às dificuldades vivenciadas pelas mulheres. “As mulheres serão as mais prejudicadas com essas reformas que estão vindo por aí, como a reforma da Previdência. É muito importante as mulheres do campo e diversas entidades estarem aqui discutindo junto às mulheres da cidade para debater e construir as lutas do Dia Internacional da Mulher. No ano passado o nosso lema no estado foi ‘A lama que mata e que fere’, fazendo referência à tragédia ambiental de Mariana. E, nesse ano, estamos com esse desafio de lutar contra a reforma da Previdência Social. Para a FETAEMG, isso é muito importante, a Federação já tem algumas ações previstas para fazer esse enfrentamento no mês de fevereiro e vamos dar continuidade no 8 de Março”, informou a dirigente.
A secretária de Mulheres da CUT-MG, Lucimar de Lourdes Gonçalves Martins, também ressaltou a importância desse momento de construção unitária da agenda do 8 de Março para o estado de Minas Gerais, ainda mais com a escolha de um tema que, hoje, é prioridade na vida das mulheres de todo o País. “Esse momento é de grande importância, de reunir todos os movimentos para falarmos da reforma da Previdência, para a construção do 8 de Março. Precisamos alertar toda a população, principalmente as mulheres, que essa reforma da Previdência é a maior das violências que podem acontecer. Essa reforma não vai pegar só um tipo de pessoa, ela vai atingir todos os trabalhadores e trabalhadoras, principalmente as mulheres rurais. Nesse 8 de Março queremos dar o recado para a sociedade acordar, de que ainda dá tempo, tem muita gente que ainda não sabe dos impactos da reforma da previdência na vida de todos. O nosso objetivo é fazer isso no 8 de março. Queremos mostrar que esse governo quer dar o golpe nos trabalhadores também”, destacou Lucimar.
PROGRAMAÇÃO Na mesa da manhã, com o tema “Reforma da Previdência: impactos sobre a vida das mulheres e a construção de resistência”, as colaboradoras com o debate foram Sarah Luiza, assessora da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG; Marilene Teixeira, economista; e Lúcia Cristo, da Fetraf. À tarde, a programação ficou por conta da construção das estratégias das mulheres do campo, da floresta, das águas e da cidade para 8 de março em MG.
Além da CONTAG e FETAEMG, participaram desta reunião representantes da Marcha Mundial das Mulheres; Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Central Única do Trabalhadores (CUT); Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf); Coletivo de Mulheres do Norte de Minas; Centro de Agricultura Alternativa/Norte de Minas; GT de Mulheres da ANA; Levante Popular da Juventude; Movimento de Atingidos pela Mineração (MAM); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD); Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq); Frente Brasil Popular; Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM); Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindiute); Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas; Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (Codecex); Sindicato dos Metalúrgicos; Sindicato dos Metroviários; Sindicato dos Servidores do Serviço Público Federal (Sindisep); Sindicato dos Psicólogos e Psicólogas; Sindicato dos Trabalhadores em Indústria de Extração Vegetal (Sindex); Coletivo Vulva BH; Coletivo Garra Feminista; Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU); Rede de Intercâmbio de Técnicas Alternativas; Federação Quilombola; Brasil de Fato; Sindicato dos Comerciários de Uberlândia; Cáritas; Mídia Ninja e Fora do Eixo. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi