As Fetags do Nordeste e a Secretaria de Política Agrícola da Contag discutiram com representantes da Petrobras e da empresa Brasil Ecodiesel pontos do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e mudanças nos contratos com a agricultura familiar. O encontro, ocorrido nos dias 5 e 6 de agosto, em Recife/PE, também tratou de melhorias na política de financiamento do Pronaf Biodiesel e maior patrocínio do governo na área de assistência técnica.
A expectativa do presidente da Fetape, Aristides Santos, é que o programa traga benefícios ao agricultor familiar do semi-árido. "A gente espera que a Petrobras melhore as condições de compra e venda de oleaginosas, e que a Brasil Ecodiesel faça melhores contratos e ofereça assistência técnica aos nossos agricultores".
Atualmente, os principais problemas enfrentados pelos agricultores da região são a falta de assistência técnica e dificuldades no acesso à linha de crédito. "A produção de mamona poderia ser melhor se tivéssemos uma política de financiamento mais clara, um apoio maior por parte do governo federal e estadual, principalmente do ponto de vista do beneficiamento da produção para agregar valor ao produto", explica Aristides Santos. Atualmente, somente em Pernambuco, cerca de 4 mil agricultores familiares desenvolvem o plantio de mamona, mas sem acesso ao Pronaf.
Para trabalhar outros tipos de oleaginosas na produção da agricultura familiar, a Fetape e empresas de pesquisa realizam estudos com o pinhão manso, planta regional apta ao solo semi-árido, girassol e dendê. "A gente quer avançar com essas culturas que oferecem maior produtividade que a mamona", afirma Santos.
Entre os dias 11 e 14 de agosto, representantes das Fetags de todo o País e a Contag discutem condições de crédito e financiamento para os agricultores familiares no Programa Nacional de Biodiesel. A reunião será na sede da entidade, em Brasília/DF. FONTE: Andréa Póvoas