O painel Estratégias e Propostas para a Intervenção dos Movimentos Sociais e do MSTTR na Rio+20 foi o tema de abertura no segundo dia da oficina Agricultura Familiar: Soberania, Segurança Alimentar e Sustentabilidade no Marco da Rio+20, que a Contag está promovendo durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre. A mesa foi coordenada por Alessandra Lunas, vice-presidente da Contag e secretária-geral da Coprofam, e teve a participação de Rosicléia dos Santos, secretária de Meio Ambiente da Contag, Simon Ticehurst, chefe de escritório da OXFAM, em Brasília, e Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB.
Ao fazer uma avaliação do painel, a vice-presidente da Contag, Alessandra Lunas, disse que ele foi de extrema importância, porque se começa a visualizar que as agendas se encontram, em especial as políticas entre as organizações. Em sua concepção, na Rio+20 essa é a estratégia, ou seja, de que forma o MSTTR consegue não apenas se somar com os parceiros em temas comuns, bem como incidir e dar visibilidade para o fortalecimento da agricultura familiar.
Alessandra garantiu que é unanimidade entre todos os movimentos a necessidade de pautar um novo modelo de desenvolvimento, que tenha sustentabilidade e seja pautado principalmente na agricultura familiar. “As explanações da OXFAN e da CTB reforçaram essa direção”, disse.
O chefe de escritório da OXFAM, de Brasília, considera o espaço de debates em Porto Alegre como muito importante para a convergência de agendas. Neste contexto, explicou, o tema da agricultura familiar e sua sustentabilidade é vital. “O Brasil tem um exemplo fortíssimo para compartilhar no mundo. O desafio de organizações como a Contag é de não apenas consolidar o que por aqui existe, mas sim oferecer a outras nações que não apresentam tais avanços. O Rio+20 é uma oportunidade ímpar para dimensionar, internacionalmente, o que tem sido a luta em todos esses anos da Contag para solidarizar com outros países”, justifica Ticehurst.
O secretário de Políticas Sociais da CTB é de opinião que os movimentos sociais precisa se apropriar desse debate. Caso contrário, existe o risco de ficar em um lado as grandes empresas, que degradam o meio ambiente e sequer cumprem acordos, e de outro são setores ligados a ONG’s, que têm uma visão bastante fechada e conservadora em relação à natureza. “Temos que apresentar um projeto de desenvolvimento, que respeite a natureza e, ao mesmo tempo, fazendo com que isso traga benefícios à população. Enfim, uma visão de desenvolvimento que achamos possível”, defende.
Código Florestal
À tarde o assunto foi Código Florestal – Apresentação do acordo aprovado no Senado e seus impactos positivos e negativos para a agricultura familiar. A coordenação foi de Antoninho Rovaris, secretário de Política Agrícola da Contag e como palestrantes João de Deus, do Ministério do Meio Ambiente, e Eliziário Noé Toledo, assessor de Meio Ambiente da Contag.
Assessoria de Imprensa: 27/01/2012 - Luiz Fernando Boaz (51-9314-5699) FONTE: Assessoria de Imprensa da FETAG-RS