Mais de 300 trabalhadores rurais da Usina Centroálcool, em Inhumas, continuam sem receber. Eles estão sem salário desde o início de novembro, além de não terem recebido a rescisão e o 13º. A empresa havia firmado o compromisso com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás, em reunião que ocorreu dia 9 de dezembro, de pagar os canavieiros ontem, dia 17. Segundo o procurador do MPT, Januário Justino Ferreira, o órgão fez um levantamento, mas não existe nenhum bem em nome da empresa. Ele deve protocolar uma ação, ainda hoje, de busca de bens dos sócios da usina. Um ex-sócio da Centroálcool é o deputado federal Roberto Balestra. Dos mais de 300 canavieiros, 90 são da Região Nordeste do país e estão sem condições de voltar para casa. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), por meio de sua Secretaria de Assalariados, vai providenciar o retorno desses trabalhadores. Ontem, cerca de 60 trabalhadores ocuparam a GO-222 no trecho Inhumas-Anápolis em protesto pela falta de pagamento. Os canavieiros da Usina Centroálcool entraram em contato com a Fetaeg, no início de novembro, para reclamar de atraso de pagamento. Desde então, a federação tem tentado negociar com a empresa e não obteve sucesso. A Centroálcool sempre pede um prazo para efetuar e pagamento e não o cumpre. A usina alega que passa por problemas financeiros e que não conseguiu a aprovação de empréstimos bancários para saldar o débito com os trabalhadores. “Nós sabemos dos lucros que o setor sucroalcooleiro tem e agora essa empresa deixou os trabalhadores na mão. Onde está o álcool produzido na usina? Onde está o dinheiro da venda dos produtos da empresa?”, indaga José Maria de Lima, secretário de Assalariados da Fetaeg. A Centroálcool também deve cerca de R$ 4,5 milhões aos produtores da Associação dos Produtores e Parceiros de Cana-de-açúcar e outras culturas da Região Centro de Goiás (Aprocentro). FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAEG - Lutiane Portilho