Ocorreu, na tarde de ontem, dia 9, na sede do Ministério Público do Trabalho em Goiás, reunião para tratar de assuntos relacionados às dividas da Usina Centroálcool, em Inhumas, com seus trabalhadores. Ela contou com a presença de representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias em Goiás, dos sindicatos de trabalhadores rurais de Inhumas, Itaberaí, Nova Veneza e Trindade e representantes da empresa. Cerca de 250 trabalhadores da área rural estão sem receber há mais de 40 dias. Além disso, não receberam a rescisão, nem a primeira parcela do 13° salário. Muitos desses canavieiros são de outros estados e estão sem condições de voltar para casa. Durante a reunião, os representantes da usina voltaram a afirmar que a empresa passa por sério problema financeiro e que não conseguiu a aprovação de empréstimos bancários para saldar o débito com os trabalhadores. Após intensa discussão entre as partes, ficou acordado que a Centroálcool pagará os salários em atraso até o dia 17 de dezembro. Como garantia, a empresa ofereceu quatro ternos de moenda, utilizados em seu parque fabril, no valor de aproximadamente R$ 6,8 milhões. “Demos esse voto de confiança para a usina, mas estamos de olho em tudo que acontece. Se o acordo for descumprido, vamos tomar as medidas cabíveis”, afirmou José Maria de Lima, secretário de Assalariados da Fetaeg. Histórico Trabalhadores rurais da Usina Centroálcool, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia, entraram em contato com a Fetaeg, no início de novembro, para reclamar de atraso de pagamento. Desde então, a federação tem tentado negociar com a empresa e não obteve sucesso. A Centroálcool sempre pede um prazo para efetuar e pagamento e não o cumpre. Insatisfeitos, cerca de 60 canavieiros ocuparam o pátio da empresa, no dia 20 de novembro, cobrando por sua remuneração. Dia 4 de dezembro, houve outra denúncia grave: representantes da usina recolheram os lençóis e cobertas dos trabalhadores, que estariam dormindo sem nenhuma proteção contra o frio. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAEG - Lutiane Portilho