Biorefinaria estará em exposição para agricultores na 8ª edição da Feira A Agrifam deste ano traz uma novidade para os produtores rurais que poderá ser uma alternativa para ampliar a economia da agricultura familiar. Através de gerenciamentos dos processos de produção de biocombustíveis através de culturas sustentáveis, foi desenvolvida uma miniusina produtora de etanol para ser instaladas em pequenas propriedades rurais. A biorefinaria foi desenvolvida pela USI Biorefinaria, com uma tecnologia simples, de fácil manuseio, pensando na preservação ambiental, estando pronta para ser operada a partir de pequenas propriedades rurais. A ideia principal do projeto é agregar rentabilidade e utilidade ao Bioetanol sustentável. Uma amostra prática dessa inovação pode ser vista na Agrifam deste ano, no espaço Sítio Modelo, área destinada à apresentação de técnicas e projetos de execução em propriedades rurais. O etanol produzido pode ser utilizado no abastecimento de aviões, automóveis, tratores, motos, geradores, fogões e chuveiros. Além de estar exposta em atividade, a miniusina contará também com representantes para a comercialização do produto. O custo de sua implantação pode variar de acordo com o montante de produção, que pode ser de 500 a 5 mil litros por dia. Os valores variam de R$ 450 mil até R$ 1,4 milhão. O fabricante oferece avaliação de orçamento, adequando o maquinário ao local de implantação, bem como se responsabiliza em dar treinamento para utilização. Outras fontes - Além da cana-de-açúcar, a miniusina pode produzir o etanol a partir de outras matérias-primas, como, mandioca, sorgo sacarino, batata doce, milho e arroz, ampliando as possibilidades do agricultor na fabricação, como aponta o presidente da Fetaesp, Braz Albertini. “A produção de etanol por parte do próprio agricultor poderá ampliar o seu lucro, pois pode diminuir ou cessar a comercialização da matéria-prima para a grande indústria, bem como contribuir para a própria economia no abastecimento dos veículos e maquinários de uma propriedade, ampliando também uso integral da cultura produzida”, avalia. As sobras da produção, ou seja, os bagaços podem ser utilizados na alimentação animal, sendo, bovinos de corte ou leite, ovinos e peixes, o que é uma vantagem ao agricultor que, além de economizar com ração animal irá contribuir para o baixo impacto ambiental. Financiamento e homologação – O BNDES e PRONAF ECO concedem carência de até cinco anos e um prazo de até 12 anos para o pagamento da dívida, ao agricultor produtor que adquirir a miniusina. Já aos trabalhadores paulistas têm uma vantagem ainda maior, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo oferecem ao produtor rural o subsídio de até 70% do valor do produto. A biorefinaria possui o Certificado de Cadastramento de fornecedor de Álcool Etílico Combustível para fins automotivos junto a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Licença Única de Instalação e Operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e o Cadastro no departamento da cana-de-açúcar e Agroenergia no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O projeto demorou quatro anos para ser desenvolvido e foi realizado em parcerias com entidades públicas e privadas. Albertini, que também é produtor rural, é entusiasta da iniciativa: “Devemos primar pela autossuficiência do agricultor, e levar essa oportunidade de produzir etanol nas propriedades rurais para diminuir custos e ampliar lucros, encurtando os entraves e atravessadores da cadeia produtiva”. FONTE: Comunicação da Fetaesp