Por iniciativa das mulheres integrantes de movimentos sociais e centrais sindicais, foi realizado na manhã de hoje (7) o Ato das Mulheres com Dilma pela Democracia à presidente Dilma Rousseff contra ataques machistas que a chefe de estado têm sofrido, e também para reafirmar o repúdio a qualquer golpe contra a democracia. O evento foi realizado no Palácio do Planalto, que ficou lotado de representantes de movimentos de mulheres rurais, de movimentos sindicais, de mulheres negras, indígenas, estudantes, de movimentos LGBT, entidades acadêmicas e diversas outras.
O principal objetivo era demonstrar apoio à presidente Dilma Rousseff contra ofensas de cunho misógino e sexista, como o da matéria recente publicada pela revista Istoé, ou o caso dos adesivos vulgares e ofensivos com o rosto da presidente, no ano passado. A violência, o preconceito, as agressões, a desigualdade e todo o tipo de desrespeito direcionado ás mulheres simplesmente pelo fato de serem mulheres serão sempre repudiados.
Em nome das organizações das mulheres rurais, Alessandra Lunas demonstrou o apoio das agricultoras e trabalhadoras rurais e afirmou o sentimento de indignação frente ao machismo praticado contra a presidente e que afeta a todas as mulheres. “Para nós, a eleição de uma mulher para a presidência da República não foi apenas um símbolo, mas uma expressão da força e da capacidade das mulheres a reagir à submissão e ocupar espaços públicos e de poder, historicamente considerados como lugares apenas dos homens”, afirmou.
“Nós, Margaridas, desde agosto de 2015, nas agendas de 8 de março deste ano afirmamos a democracia como principal instrumento de garantia da construção da igualdade que um dia sonhamos ver como realidade em nosso país”, declarou Alessandra Lunas.
“No meu país eu boto fé, porque ele é governado por mulher!”
“Machistas, golpistas: não passarão!”
“A nossa luta é todo dia, somos mulheres pela democracia!”
“Dilma, guerreira, do povo brasileiro!”
O apoio demonstrado pelas participantes do ato sustentou um forte e emocionante discurso da presidente, que afirmou que não perdeu nem perderá o controle diante da grande pressão sobre seu governo. “Aqueles que tentam dar um golpe na democracia em nosso país não tem ideia dos riscos a que expõem a democracia. É preciso respeitar os votos de mais de 54 milhões de brasileiros, assim como todos os brasileiros que não votaram em mim, porque é preciso respeitar as regras democráticas. Tentar derrubar um presidente eleito que não cometeu crime de responsabilidade que justifique o impeachment é um insulto a todos os eleitores, aos 110 milhões de brasileiros que reconhecem as eleições diretas como a maneira certa de eleger seus governantes”, afirmou Dilma Rousseff.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto