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MARANHÃO
Margaridas no centro da luta contra a Covid-19
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14 de Maio de 2020


Arquivo pessoal
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“De repente, não mais que de repente, do riso fez-se o pranto”. (Soneto da Separação - Vinicius de Morais).

Aos poucos a normalidade do antes deu lugar a um cenário marcado pelo medo do contato, de sair de casa, de abraçar, de beijar, de encontrar a outra, o outro...

A pandemia de Covid-19 interrompeu planejamentos, projetos e sonhos. De um dia para outro mudou a vida não só de quem está na cidade, mas também de mulheres e homens que vivem no campo, nos lugares mais longínquos do Maranhão.

Do pranto surge a vontade de lutar, de vencer, de cuidar do próximo

E é nesse cenário complexo e difícil, que brota a força das Margaridas do Maranhão, na busca coletiva para combater o coronavírus e defender a vida.

Impulsionadas pelo Coletivo Estadual de Mulheres, essas Margaridas Maranhenses passaram a se conectar diariamente nas Redes Sociais, conversando, socializando ideias, vivências e experiências a cerca do combate a Covid-19. Espaços virtuais onde predomina o sentido e o sentimento da frase: Ninguém solta a mão de ninguém!

“Com sororidade, buscamos juntas garantir que todas(os) do meio rural enfrentem esse momento de crise sanitária, social, econômica e psicoemocional. Temos consciência de que unidas(os) somos muito mais fortes”, compartilha a secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEMA), Ligia Daiane.

(Foto: César Ramos)

Unidade das mulheres rurais maranhenses contra a Covid-19 que se evidencia na costura de máscaras artesanais, no atendimento aos trabalhadores(as) rurais nos Sindicatos e na produção de alimentos nesse momento de pandemia.

A arte de costurar: abençoadas mãos na prevenção e contenção do coronavírus

Nas suas máquinas de costura, com tecidos novos, antigos, doados ou comprados, as Margaridas maranhenses produzem diariamente máscaras artesanais para doarem aos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares. Um desses exemplos de solidariedade vem da comunidade remanescente de Quilombo Capoeira, em Viana/MA.

“Através das doações de materiais do Sindicato, dos(as) companheiros(as) e amigos(as), estamos confeccionando de forma gratuita máscaras para os(as) moradores(as) de Capoeira e de outras comunidades vizinhas, e conscientizando as pessoas sobre a importância de ficarem em casa para impedir que o vírus da Covid-19 contamine mais gente”, relata a quilombola Maria Madalena Santos Rocha.

Além das doações nas comunidades, as mulheres rurais maranhenses também distribuem as máscaras durante atendimento no Sindicato, nas filas das agências bancárias e casas lotéricas durante o recebimento do auxílio emergencial e nas Delegacias Sindicais de Base.

É preciso acolher e orientar

As ações das mulheres também estão no atendimento diário nos Sindicatos, onde além de cumprirem recomendações da FETAEMA e da CONTAG pautadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação a proteção e propagação da Covid-19, também têm conversado com os trabalhadores(as) rurais sobre os cuidados com a doença.

"Aqui e em vários Sindicatos do Maranhão foram colocados na entrada da sede para uso dos trabalhadores(as) rurais: água, sabão e álcool em gel. Também montamos cantinhos de informação com materiais de linguagem simples sobre a Covid-19. A pandemia tem nos ensinado que mesmo com pouco recurso, podemos criar estratégias e garantir um atendimento seguro à nossa categoria”, afirma a dirigente do Sindicato de Trabalhadores(as) Rurais de Vitorino Freire, Eline Macêdo.

Assista o vídeo produzido pela FETAEMA: POPULAÇÃO RURAL PROTEGIDA E NA LUTA CONTRA A COVID-19

Da resistência nós brotamos

A resistência das mulheres rurais maranhenses também está no dia a dia do campo, onde prevenidas contra o coronavírus, elas continuam diariamente nas suas plantações e criações, comercializando seus produtos para que não falte comida na mesa dos povos do campo e da cidade.

“Sou grata a Deus, pois apesar das dificuldades e pânico provocados pela pandemia do coronavírus, continuo fazendo a entrega da nossa produção para a população que não está na roça. Assim as pessoas não morrem de fome, porque alguém da agricultura familiar está levando alimentos para elas”, compartilha a agricultora familiar Maria da Conceição, que trabalha com a plantação de hortaliças e frutas, no município de Nunes Freire/MA.

Resistência , sororidade, amor, solidariedade, esperança, coletividade....

Para essas mulheres, a caminhada por vezes longa torna-se menos árdua quando “entrelaçam suas mãos” com outras mulheres. Quando juntas carregam as bandeiras históricas do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) que estão pautadas na valorização do espaço rural como um local privilegiado de transformação e implementação de políticas de inclusão social.

“Sairemos dessa ainda mais fortalecidas, trazendo nossas bandeiras de luta por terra, água e agroecologia, e em defesa do nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Em tempos de pandemia, firmamos nossas ações no exemplo da trabalhadora rural e líder sindical Margaridas Alves, que mesmo diante da perseguição dos grandes latifundiários, afirmava: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. Enquanto Margaridas, seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres”, conclui a secretária de Mulheres da FETAEMA, Ligia Daiane.

FONTE: Comunicação FETAEMA, com informações da Secretaria de Mulheres da FETAEMA



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