As mulheres trabalhadoras rurais da Jornada das Margaridas estiveram hoje à tarde reunidas com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do INCRA para discutir pontos da pauta de reivindicações da Jornada das Margaridas 2013. A audiência aconteceu no prédio do INCRA, em Brasília.
Alessandra Lunas, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, destacou a importância de se avançar no PRONAF Mulher. “Precisamos dar uma passo significativo para que o PRONAF Mulher avance. Esperamos poder ter uma conversa franca hoje com relação a essa questão”. Os principais pontos discutidos foram relacionados aos Eixos 2 e 4 da Pauta de Reivindicações: TERRA, ÁGUA E AGROECOLOGIA; e AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA. RESPOSTAS DO GOVERNO A obrigatoriedade de operacionalização do PRONAF mulher por meio da metodologia do microcrédito orientado foi uma das conquista do Plano Safra 2013/2014. De acordo com o governo, a metodologia do microcrédito orientado para o PRONAF Mulher foi estendido para até R$ 30 mil (no B é até R$ 2.500,00).
O desafio agora é estabelecer uma estratégia de negociação principalmente com o Banco do Brasil para que ele passe a operar o PRONAF Mulher com essa metodologia. A proposta do governo é que os movimentos de mulheres trabalhadoras rurais participem das discussões com os agentes financeiros e cooperativas de crédito sobre qual é o instrumento e estratégia necessários para se conseguir operar por meio dessa metodologia em todas as regiões do Brasil.
As trabalhadoras rurais presentes na audiência questionaram que, quando procurados, muitos bancos de todas as regiões do Brasil dizem que o PRONAF Mulher simplesmente não existe. Com relação a este grave problema, foi dito que o governo está monitorando e dialogando com os agentes financeiros e que a presença do movimento de mulheres trabalhadoras rurais nesse processo é fundamental.
Com relação ao risco tesouro, o governo pretende criar condições para qualificar o acesso das mulheres ao crédito através da metodologia do microcrédito orientado.
No que se refere à assistência técnica, de acordo com dados do governo, 41% do público atendido nas chamadas de assistência técnica são mulheres (o mínimo deve ser 30%). FONTE: Imprensa Contag - Julia Grassetti