A informalidade nas relações de trabalho deve ser combatida por todos. Ela deixa os trabalhadores em situação de vulnerabilidade e mantém uma relação com o trabalho escravo. Segundo dados do IBGE (PNAD 2009), do total de 4,8 milhões de assalariados(as) rurais no Brasil, 64,9% não possui carteira de trabalho assinada. O Nordeste ainda é a região que apresenta o maior índice, 48,1%.
Para o secretário de Assalariados Rurais, Antonio Lucas, emprego bom é o que oferece salário justo, que os trabalhadores tenham os seus direitos respeitados e a carteira de trabalho assinada. “O trabalhador informal que sofrer um acidente de trabalho, tiver uma sequela e/ou diminuição da capacidade laboral, estará totalmente desprotegido perante a Previdência Social.”
Também há diferença de rendimentos entre a relação formal e informal, segundo levantamento elaborado pela Subseção DIEESE na CONTAG com dados de 2009, 79,1% dos trabalhadores(as) na informalidade recebiam de 0 a um salário mínimo, enquanto na relação informal essa taxa cai para 31,4%.
As deficiências na fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por conta das distâncias e estruturas inadequadas, é um dos grandes contribuidores para o elevado nível de informalidade no campo. “Outro fator é a cultura da impunidade. Temos que pensar em instrumentos mais eficazes de punição, pois é impossível pensar em um país que ainda tenha trabalho infantil, análogo ao escravo e informalidade.” FONTE: Imprensa CONTAG