O secretário de Política Agrícola da CONTAG, David Wylkerson, e demais integrantes do comitê executivo da UISTAACT, debatem novas alternativas e estratégias para o setor, afetado pela atual crise econômica mundial.
Desde segunda-feira, 13, lideranças sindicais integrantes do comitê executivo da UISTAACT (União Internacional dos Trabalhadores na Agricultura, Alimentação e Indústria Alimentária) estão reunidas em Paris, França, para discutir e traçar os novos rumos da Agricultura Familiar no atual cenário econômico mundial. A equipe, ligada à FSM (Federação Sindical Mundial), representada por 21 entidades de 19 países da Ásia, América, África e Europa, estará reunida até o próximo dia 17, na capital francesa, para buscar alternativas e estratégias, a fim de reduzir os danos causados ao setor pelo atual momento de instabilidade econômica.
O secretário de política agrícola da CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e membro da UISTAACT, David Wylkerson, participa do evento representando a Fetag-BA (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Para ele, uma das preocupações do encontro é garantir a autonomia e soberania alimentar, principalmente em países latino americanos como o Brasil.
“De nossa parte é reconhecido o avanço que a Agricultura Familiar tem alcançado no Brasil, a partir dos governos de Lula e Dilma. No entanto, também é consenso entre todos os movimentos representantes dos trabalhadores do campo que ambos os governos, popularmente eleitos, têm atendido mais ao setor do agronegócio em detrimento da agricultura familiar”, denuncia David.
O grupo discute também a organização da IV Conferência da UISTAACT, que deve contar com a participação de aproximadamente 200 delegados, de mais de 100 países. Segundo o secretário, já foi definido que também será em Paris, no final de 2016. Ele ainda informou que no final de novembro ou início de dezembro deste ano, haverá no Brasil um encontro regional preparatório para o evento.
“Não temos dúvidas da importância de participarmos de reuniões como esta, pois nos permitem conhecer a realidade de outros países e elevam o nosso conhecimento, aumentando a nossa responsabilidade frente aos interesses dos que dependem de nossa ação sindical, ou seja, os agricultores e agricultoras familiares, responsáveis pela comida que chega à mesa do povo brasileiro”, pontuou David.
FONTE: Especial para Secretaria de Política Agrícola da CONTAG - Ruth Rodrigues