Neste momento, lideranças sindicais, trabalhadores e trabalhadoras rurais, artistas, religiosos e ativistas políticos estão unidos na Praça da Paz, em Rondon do Pará (PA), clamando por justiça e paz no campo. O ato público, promovido pelo STTR local, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (FETAGRI-PA) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), relembra os 11 anos do assassinato do sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho, que incomodava madeireiros e grileiros de terras no município de Rondon por defender a Reforma Agrária e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. As entidades e movimentos sociais envolvidos na mobilização pedem a punição dos responsáveis pelo assassinato de Dezinho.
A viúva do sindicalista, Maria Joelma da Costa, assumiu a luta do marido e, desde então, não saiu mais da chamada “Lista de Marcados para Morrer”. Ela preside o STTR de Rondon do Pará e é coordenadora regional da FETAGRI-PA. No país inteiro, muitas personalidades se comoveram com a luta da agricultora pela vida. O ato público, em andamento, conta com a presença do presidente da CONTAG, Alberto Broch; da secretária de Mulheres, Carmen Foro; dos artistas Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Osmar Prado e Sérgio Marone; da própria Maria Joelma, e demais lideranças sindicais e religiosos.
Antes, milhares de pessoas participaram de uma grande caminhada pelas ruas de Rondon do Pará, finalizando com a chegada à Praça da Paz, local do ato público. Na parte da manhã, as entidades promotoras do ato se reuniram com representantes do Incra, da Secretaria de Direitos Humanos e parlamentares. Logo após o almoço, outra reunião aconteceu com o juiz de Rondon do Pará, Gabriel Ribeiro, no Fórum da cidade.
Já neste domingo (27/11), as entidades participarão de um encontro com os familiares do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva, assassinados em maio desse ano, na zona rural de Nova Ipixuna.
Barbárie – A CONTAG denuncia as ameaças e mortes cotidianas de lideranças que lutam em defesa do direito à terra e à floresta. Quanto à “Lista de Marcados para Morrer”, a diretoria da confederação alerta que a relação só vem crescendo e que as ameaças se cumprem, principalmente, pela omissão do governo e do judiciário e pela ausência de prisões de executores e mandantes dos crimes. FONTE: Imprensa Contag Verônica Tozzi (com informações do jornal O Liberal)