Depois de dois anos de luta, a Confederação de Organizações de Produtores Familiares Campesinos e Indígenas do Mercosul Ampliado (Coprofam) teve reconhecimento jurídico de suas ações e lutas a favor da agricultura familiar no âmbito do Mercosul.
O Ministério de Justiça e Direitos Humanos da Argentina reconheceu a personalidade jurídica da Coprofam no início de dezembro. Como a sede da entidade é no país vizinho, todo o processo de reconhecimento tramitou na justiça argentina.
O processo de reconhecimento durou um ano. De acordo com a Confederação, a outorga da personalidade jurídica saiu rápido, principalmente pela quantidade de documentação que foi apresentada. Todas as organizações filiadas tiveram que entregar documentos comprovando sua própria personalidade jurídica e reconhecendo a Coprofam como entidade representante dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no âmbito do Mercosul.
O vice-presidente da Contag e secretário-executivo da Coprofam, Alberto Broch, comemorou a conquista, anunciada pelas organizações associativas e sindicais afiliadas à Confederação na segunda quinzena de dezembro na Cúpula Social do Mercosul, em Salvador (BA). "Este é um momento de celebração e júbilo, já que finalmente a Coprofam foi reconhecida do ponto de vista jurídico depois de uma longa batalha na Justiça argentina".
Durante o ano de 2008, a Confederação se destacou pela organização multilateral nos países e na luta dos agricultores familiares e campesinos dos países do Mercosul. "Esse reconhecimento vem dos debates e discussões que realizamos ao longo do ano e também na conquistas de espaços como a REAF Mercosul e no Fórum Mundial Campesino, o FIDA", destaca o vice-presidente da Contag e secretário-executivo da Coprofam, Alberto Broch.
Histórico - A Coprofam existe desde 1994 sendo formada pelas organizações nacionais de sete países que integram à Confederação, incluindo o Brasil. Dentre as entidades que fazem parte estão Contag, União Agrícola Nacional (UAN), Organização Nacional Campesina (ONAC), Comissão Nacional de Fomento Rural (CNFR), Associação de Colonos do Uruguai (ACU) e Associação das Mulheres Rurais do Uruguai (AMRU). FONTE: Andréa Póvoas, Agência Contag de Notícias