Trabalha na Fetag-BA há 15 anos. É formado em Geografia. Tem toda uma luta política atrelada aos trabalhadores rurais. Iniciou nos movimentos populares urbanos, depois foi para um movimento de reforma agrária (um “braço” da Fetag-BA, na época). Em seguida foi trabalhar na organização da Fetag-BA, em um momento novo da federação, de organizar o movimento sindical baiano e reestruturar o MSTTR no sudoeste da Bahia. Passou também a trabalhar com formação política e educacional dentro do movimento sindical, organizando sindicatos, fundando STTRs (participou da criação de pelo menos 15 STTRs). Nesse período também foi eleito vereador do município de Vitória da Conquista e atualmente está no segundo mandato de vereador, sendo o mais votado. Como foi a campanha? Aqui na Bahia, nós temos experiência do ponto de vista de eleições gerais já há oito anos, quando elegemos pela primeira vez o deputado Edson Pimenta, ex-presidente da Fetag, como o primeiro deputado estadual da Bahia ligado aos trabalhadores rurais. Então, reunimos a experiência acumulada da política sindical para a política do estado. Agora que elevamos o Pimenta a deputado federal, vimos a necessidade de também termos um deputado estadual, para não perdermos a cadeira. A minha candidatura foi baseada em uma experiência já tida pela nossa federação e nós continuamos. Para mim, o que teve de bom, que foi uma coisa rica, foi o momento que nós, de partidos de trabalhadores, de uma forma geral, elegemos nomes ligados aos trabalhadores. Há tempos atrás, nomes como o meu, ligados aos movimentos sindicais, ligados a partidos de esquerda, como o PCdoB e o próprio PT, tinham dificuldades para se eleger. E após a eleição do presidente Lula o que houve foi uma mudança de paradigmas, em que os trabalhadores passam a acreditar que um deles também pode ter representação à altura para implementar no poder constituído do estado, seja no Executivo, seja no Legislativo, como aqui na Bahia, onde elegemos também um sindicalista para governar pela segunda vez o estado, o Jacques Wagner, que vem dos movimentos populares, de esquerda, sendo dirigente sindical também. Em quais eixos seu mandato será orientado? Como será sua atuação na Assembleia Legislativa? Meu mandato será voltado totalmente para a classe trabalhadora de uma forma geral, seja urbana seja rural. Acredito que é necessário ter a junção da luta política do campo com a cidade. Mas meu mote principal será voltado para a agricultura familiar, para a luta para que nosso governador tenha a sensibilidade, e eu sei que ele tem, de criar a Secretaria Especial da Agricultura Familiar. Já temos a Secretaria de Agricultura, mas precisamos ter uma secretaria voltada aos interesses do agricultor familiar, do homem da reforma agrária. Então, nesse aspecto aí, criar a Secretaria Especial de Agricultura Familiar será o mote e a batalha do nosso mandato. E fortalecer também a Empresa de Assistência Técnica baiana e outras ligadas ao campo. E como estão os trabalhos para o segundo turno? Estamos trabalhando arduamente, nossa militância está em cada município, nos quatro cantos da Bahia, buscando garantir votos suficientes para que a Dilma tenha uma votação ainda maior. A Dilma já saiu com votação muito expressiva no nosso estado, mas agora faremos que ela tenha uma votação ainda maior. O nosso governador, os nossos deputados com mandato e deputados eleitos já estão em trabalho permanente para garantir que no final do mês saiamos com uma grande vitória, a primeira mulher presidente da República, para dar continuidade ao governo Lula. FONTE: Agência Contag de Notícias