Foi dada a largada da Campanha Salarial 2016/2017 dos trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados(as) na Hortifruticultura da região do Vale do São Francisco, que abrange os estados de Pernambuco e Bahia. Nesta terça-feira, 12 de janeiro, foi feita a abertura da negociação coletiva, com a presença do secretário de Assalariados(as) Rurais da CONTAG, Elias D’Angelo Borges, e assessoria, bem como dos dirigentes da FETAPE e FETAG-BA, e da bancada patronal. Na ocasião, foi feita a apresentação e defesa da bancada dos trabalhadores das principais cláusulas reivindicadas.
Uma das reivindicações diz respeito ao salário unificado. Os trabalhadores e trabalhadoras reivindicam salário mensal na hortifruticultura, a partir da data-base de 1º de janeiro de 2016, de R$965,00. Já para o salário para as funções específicas de tratorista, irrigante, podador, amarrador e raleador foi reivindicado 1,5 do piso salarial fixado nesta convenção.
Um dos capítulos deste artigo acrescenta que, para os trabalhadores que recebem salário acima do piso da categoria, será garantido um reajuste de 13%, a partir da data base da categoria.
Já no item da Cesta Básica, os trabalhadores e trabalhadoras buscam assegurar o fornecimento mensal de uma cesta básica alimentar in natura, sem caráter remuneratório, composta pelos seguintes produtos: 4 kg de feijão; 4 kg de arroz; 2 kg de farinha; 2 pacotes de café; 5 kg de açúcar; 1 kg de sal; 2 kg de Carne de Sertão; 2 pacotes de macarrão; 5 pacotes de milharina; 2 litros de óleo; 3 pacotes de leite; 1 rapadura; 4 sabonetes; 4 cremes dentais; 4 rolos de papel higiênico; 4 barras de sabão em pedra; 2 pacotes de biscoito.
Quanto à alimentação no local de trabalho, a pauta de reivindicações traz que os trabalhadores(as) terão direito ao fornecimento de alimentação em seus locais de trabalho ou em refeitórios disponibilizados pelos empregadores na conformidade da Lei 6.321 de 14/04/1976, sem custos para o trabalhador (PAT).
Após a apresentação das principais reivindicações, as negociações seguem durante essa semana, até porque o setor patronal discorda de vários itens reivindicados pelos trabalhadores(as). A CONTAG permanece presente contribuindo com o processo de negociação para a garantia de avanços para os trabalhadores e trabalhadoras rurais do Vale do São Francisco.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi