30 barracos de lona foram incendiados em Paranaiguara (348km de Goiânia) na região sul do estado, ninguém ficou ferido. Segundo os trabalhadores rurais, o suspeito da ação é um capanga da Fazenda Planalto, Wilson Júnior Barbosa, que já foi denunciado por outros atos de violência contra os sem terra. Os trabalhadores rurais sem terra, perderam todos os pertences; colchões, fogões, cama de campanha, alimentos, berços de crianças e até os documentos, denuncia Elcimar Nunes da Silva, pai de três crianças e que teve o barraco totalmente destruído pelo fogo. Os trabalhadores procuraram a Polícia Militar, que só atendeu ao chamado dos trabalhadores depois da intervenção da direção da Fetaeg – Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Segundo Sandra Pereira, secretária de políticas agrárias, a violência contra os trabalhadores não recebe cuidados da polícia militar, que não atende o clamor dos trabalhadores, denuncia.Na tarde desta quinta-feira, 10 de junho, a diretora da Fetaeg e o assessor jurídico da entidade, estão na Sede do Ministério Público para denunciar o ato de violência contra as famílias de trabalhadores rurais sem terra. Sandra Pereira, lembra que as famílias não estão ocupando a área do proprietário; “Os trabalhadores estão aqui há mais de 10 anos, eles estão acampados no corredor, não estão dentro da propriedade”, salienta. A Fazenda Planalto, em Paranaiguara tem uma extensão de mais de 3.700 hectares e já foi vistoriada pelo Incra-GO e considerada improdutiva. Os trabalhadores também reivindicam outra área no município, a fazenda “Disco”, também considerada improdutiva, segundo o Incra-GO, mas o processo já dura quase 10 anos. Os trabalhadores rurais sem terra afirmam que vão reconstruir os barracos no mesmo local e aguardar o processo de desapropriação da área. Segundo levantamento da Fetaeg, são 78 famílias cadastradas para o processo de reforma agrária para essa fazenda. FONTE: Comunicação da Fetaeg