Mais de mil trabalhadores rurais marcharam pelas ruas de Goiânia, reivindicando melhores condições de vida, trabalho e educação no campo A falta de apoio dos Poderes Legislativo e Executivo Estaduais não foi suficiente para calar a voz dos mais de mil trabalhadores e trabalhadoras rurais goianas que encheram as ruas de Goiânia durante a realização do Grito da Terra Goiás 2011, nesta segunda-feira, 19 de setembro. Com a presença de Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de todo o Estado, a manifestação provou mais uma vez a força que o homem e a mulher do campo carregam. Entre os principais problemas por que passam as comunidades rurais goianas e que foram apresentados pelos trabalhadores rurais, estão: falta de assistência técnica; mecanização no campo, que leva ao desemprego do trabalhador rural; falta de leis que incentivem a Agricultura Familiar; e precariedade do ensino e da estrutura nas escolas rurais. “É desumano que crianças filhas de trabalhadores rurais tenham que acordar às 4 horas da manhã para ir à escola. A implantação de instituições de ensino no campo é responsabilidade do Governo Estadual”, afirmou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (FETAEG), Elias D’Angelo Borges. O Grito da Terra Goiás 2011 contou com a presença de toda a diretoria da FETAEG, do secretário de assalariados da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Antônio Lucas Filho, do superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Jorge Tadeu Jatobá Correia, da presidente da Central Única dos Trabalhadores – Goiás, Maria Euzébia de Lima (Bia de Lima), do deputado federal Rubens Otoni (PT-GO), dos deputados estaduais Isaura Lemos (PDT-GO) e Mauro Rubem (PT-GO), e do delegado federal do MDA em Goiás, Otacílio Alves Teixeira. O grito dos trabalhadores rurais ecoou pelas ruas da capital goiana e chamou a atenção de todos, cumprindo o objetivo de sensibilizar a opinião pública e do Governo Estadual para as causas de quem vive do campo. “Trabalhador unido, jamais será vencido. Trabalhador organizado, jamais será pisado”, entoou o coro que marchou da FETAEG até a Assembleia Legislativa e depois caminhou até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Os trabalhadores rurais lamentaram a ausência de representantes do Poder Legislativo e Executivo estaduais no Grito da Terra 2011. Antônio Lucas, da CONTAG, afirmou que é inconcebível a ideia de que as autoridades públicas não participem de manifestações que envolvem os movimentos sociais. Para ele, existe incoerência no discurso de quem foi eleito e representa o povo. “É vergonhosa a ausência das autoridades que foram escolhidas e deveriam representar os anseios da classe trabalhadora deste Estado”, foram suas palavras.
FONTE: Assessoria de Imprensa Fetaeg - Felipe Homsi