A cidade de Santa Maria recebeu hoje (20) cerca de 3 mil agricultores familiares de 23 regionais sindicais da Fetag. A mobilização integra as manifestações do 21° Grito da Terra Brasil 2014. Em Brasília, a Contag e suas 27 Federações continuam
pressionando o governo federal em busca de respostas à pauta nacional. No começo da manhã houve a concentração na Viação Férrea. Por voltas das 9h30min iniciou a caminhada em direção ao centro da cidade. Logo após os pronunciamentos, por voltas das 12h, a agência da CEF e a Delegacia do Ministério Público foram fechadas pelos agricultores, sendo liberada apenas no início da tarde.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse na Praça Saldanha Marinho, onde houve o momento político da manifestação, que parece que o governo brasileiro abandonou a agricultura familiar. “As mobilizações puxadas pela Contag, em Brasília, forçaram as audiências. Ainda não temos resultados, mas até agora foram mais de 20 reuniões com ministros e as coisas não avançaram. O governo quer diminuir o crédito para a agricultura familiar, corte de 40% no orçamento no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a proposta de aumento nos juros do Pronaf, bem como no Proagro, que hoje é de 2% e passaria para 3%, e a cada utilização será acrescido de 1% até chegar em 6%. Isso é um verdadeiro absurdo, caso seja confirmado”, enfatiza Joel.
O coordenador da Macrorregional Delcimar Borin disse que o Grito da Terra em Santa Maria representa um marco para o movimento sindical e, em especual, para a Regional Santa Maria. “A nossa cidade é extremamente urbana e universitária e receber três mil agricultores de todo o Rio Grande do Sul, que estão mobilizados e buscam melhorias para o campo. O governo federal tem insistido em elevar impostos, cortar os recursos essenciais para a habitação, trancando o Programa Nacional de Crédito Fundiário, enfim temos que mobilizar e mostrar a nossa força e organização”, revela.
Já o presidente do STR de Santa Maria, Célio Fontana, reforçou que a região é o coração do RS e todos enfrentam as mesmas dificuldades. “Temos várias expectativas, pois a nossa luta é justa, forte e sabemos que todas as nossa conquistas, ao longo de muitos anos, num passe de mágica estamos perdendo esses direitos. Tenho certeza absoluta que enquanto houver pressão, governo nenhum agüenta”, completa Fontana.
O deputado estadual Elton Weber lembrou que quando as coisas não funcionam é necessário mobilizar. “Temos que brigar para manter as conquistas. E, para tanto, vamos ter que nos manter mobilizados”, completou.
FONTE: Assessoria de Imprensa FETAG-RS