Lançado nesta terça-feira (25), o Programa Casa Verde e Amarela é na realidade uma pequena reforma no Minha Casa, Minha Vida. O que houve de concreto foi a redução na taxa de juros dos financiamentos. O novo programa terá taxas de 4,25% ao ano nos imóveis para a baixa renda no Norte e Nordeste, e de 4,5% no Centro-Sul. No Minha Casa, Minha Vida os juros eram de 5% na faixa de renda até R$ 2.600.
Na cerimônia não houve nenhuma menção por parte do governo sobre contratações de casas no meio rural, mesmo o país tendo um déficit habitacional de aproximadamente 1,3 milhões de casas a serem construídas, sem falar de reformas, ampliações e conclusões. Conforme dados do IBGE e da Fundação João Pinheiro.
Em meio a uma pandemia vemos um governo que não trabalha para governar para todos e todas, pelo contrário, o programa exclui praticamente as famílias mais pobres que ganham menos de R$1.800,00 reais no campo e na cidade, e que estão situadas na chamada faixa 1 do MCMV. Nesse segmento encontra-se o maior déficit habitacional do país.
Pautamos o governo e somos conhecedores das demandas reais do meio rural quando se trata de habitação rural, dentre tantas outras políticas publicas e programas, ficando claro que o atual governo faz escolhas, e entre elas não está o atendimento a quem mais precisa. Estamos falando no caso específico da agricultura familiar que é responsável por produzir alimentos para população brasileira. É do conhecimento de todos e todas que a grande maioria não pode pagar ou se 'bancarizar' como o governo propõe, ou seja, continuamos na invisibilidade", afirma o secretário de Política Agrícola da CONTAG, Antoninho Rovaris.
FONTE: Secretaria de Política Agrícola da CONTAG