"Hoje é um dia muito importante porque até então, políticas públicas tinham um olhar muito urbano. O que hoje nós vamos passar a fazer é construir um olhar sobre a violência contra a mulher que vive no campo, nas áreas mais afastadas, muito pouco protegidas, onde a violência se reveste de outras características", disse Nilcéia Freire. A ministra informou que já existe recurso previsto para as atividades do Pacto Nacional, onde se insere o fórum. A idéia é mapear essa violência, trocar conhecimento e experiências e, até o dia 25 de novembro, quando se comemora o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, apresentar ao governo como será o funcionamento desse fórum. "Para nós trabalhadoras rurais hoje é um dia histórico", disse Carmen Foro. Ela afirmou que essa articulação com o governo e outros movimentos sociais, o fato de construir conjuntamente uma política pública de enfrentamento à violência contra a mulher no campo, evidencia mais uma conquista da Marcha das Margaridas e a posição da Contag de propor políticas de estado, para desenvolvimento da sociedade como um todo. A coordenadora de Mulheres da Contag defendeu ainda a organização e o fortalecimento das mulheres nos municípios e estados. Participam do Fórum representantes dos Ministérios da Justiça, do Meio Ambiente; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento e Combate a Fome; da Saúde; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Secretaria Especial de Direitos Humanos; da Secretaria-Geral da Presidência da República; da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Marcha Mundial de Mulheres; Conselho Nacional dos Seringueiros; Secretaria Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, da Contag; do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Côco Babaçu; do Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia; Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste e Fetraf. Emmanuelle Nunes Agência Contag de Notícias