O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego encontrou 228 trabalhadores em situação degradante nas frentes de trabalho da Usina Central de Porecatu, no Paraná.
O grupo que investiga as condições dos trabalhadores da usina desde a semana passada lavrou até agora 153 autos de infração, interditou cinco frentes de trabalho e apreendeu 39 ônibus que transportavam trabalhadores sem autorização.
Segundo a auditora fiscal Luize Surkam Neves, coordenadora do grupo na Região Sul, cerca de 2.500 trabalhadores estão sem o pagamento de julho.
"Nossa fiscalização aqui não tem data para terminar. Estamos em contato direto com a direção da empresa, efetivando os cálculos para o pagamento das rescisões desses 228 trabalhadores", disse.
Os fiscais constataram que 22 trabalhadores não usavam equipamentos de proteção individual na aplicação de agroquímicos, estando expostos a risco de vida por intoxicação aguda.
Os auditores também flagraram os trabalhadores sendo transportados no mesmo compartimento em que estavam os produtos químicos.
Em alguns setores da empresa, já interditados, não havia sanitários, água fresca nem produtos para higienização.
Os empregados eram obrigados a custear enxadas, limas e demais instrumentos utilizados no trabalho.
A reportagem da Agência Brasil procurou a assessoria da Usina Central de Porecatu, mas não foi atendida. FONTE: fonte: Agência Brasil