390 Km de Belém. A ação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), representado pelo procurador Luis Antônio Fernandes, e da Polícia Federal.
"Nós acreditamos muito no trabalho ao combate escravo, nas fiscalizações e na campanha da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae)", disse o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag, Antonio Lucas. Ele ressaltou que a expansão do setor da cana-de-açúcar no Brasil, da forma como está sendo feita, vai precarizar as relações de trabalho. "O setor está brigando para crescer a qualquer custo. Precisamos que o governo esteja do lado do trabalhador e que a fiscalização seja fortalecida".
Esta semana, o site Repórter Brasil divulgou nota informando que a destilaria Gameleira, hoje pertencente a destilaria Araguaia, concordou em pagar R$ 800 mil a título de danos morais coletivos por ter sido flagrada mantendo 1.003 trabalhadores em condição análoga à escravidão em 2005. O acordo foi feito com o MPT no dia 29 de junho, em Confresa (MT). O pagamento será feito por meio da doação de terrenos que totalizam 16 mil metros quadrados, avaliados em R$ 432 mil, que deverão ser entregues em 60 dias. A empresa também terá que construir duas escolas nesses locais.
Segundo Antônio Lucas, esse é um exemplo a ser seguido. "Não basta receber o dinheiro, ele tem que ser revertido em benefício de toda a população atingida pela prática do trabalho escravo", ressaltou ele. Antonio Lucas disse ainda que o trabalho escravo deveria ser enfrentado da mesma maneira nos estados do Piauí e Pará, que sofrem constantemente com o problema.
Fonte: Emmanuelle Nunes
Agência Contag de Notícias, com informações do site Repórter Brasil