A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN) critica a permanência do atual Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a continuidade do Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra/RN. A Federação está descontente com a decisão e alega que o presidente da República erra ao contemplar um pequeno grupo político em detrimento de temas como a reforma agrária, o crédito fundiário e a agricultura familiar. Os trabalhadores rurais gostariam de ser ouvidos e discutir as propostas para o Ministério.
De acordo com Manoel Cândido, Presidente da Fetarn, a escolha da corrente petista Democracia Socialista (DS) é preocupante por não haver comprometimento com as lutas da classe trabalhadora rural. Ele ainda afirma que esse atual modelo de gestão do MDA é superficial, visto que tal grupo político tem tradição nas questões inerentes para os trabalhadores urbanos, com isso as ações de reforma agrária ficam comprometidas.
O avanço na assistência técnica foi inexistente e o desempenho da reforma agrária tem sido apresentado com números maquiados. A atual gestão do Incra no Estado, destacou Manoel Cândido, é um exemplo de descaso com o tema "reforma agrária". Exemplo disso é a fazenda São João do complexo MAISA, onde o INCRA teima em não assentar trabalhadores da região por questões políticas e acaba por jogar trabalhadores contra trabalhadores nesse processo.
O descontentamento do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais ganhou repercussão nacional. As Federações do país e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura ? Contag - se mostraram insatisfeitas com a decisão que condena o MDA a mais quatro anos nessa linha política.
São preocupantes as dificuldades que enfrentam os trabalhadores para acessar o PRONAF por falta do parcelamento das áreas de assentamento. E por isso têm dificuldade de produzir de maneira satisfatória. Outra falha apontada pela Federação é a maneira ilegal como o INCRA/RN está expulsando assentados nas áreas de assentamento de forma arbitrária sem direito de defesa. E temos casos judiciais corrigindo essas arbitrariedades do INCRA. Procedimentos dessa natureza têm atrapalhado bastante a Reforma Agrária no RN. FONTE: Assessoria de Comunicação Fetarn