É com profunda indignação e tristeza que a CONTAG, através da Secretaria de Mulheres, vem a público manifestar o sentimento de repúdio ao assassinato de Jordana Prass Hagemann na última terça-feira (16). Esta atrocidade coloca em destaque a urgente necessidade de políticas efetivas de proteção às mulheres.
Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram 1.463 vítimas de feminicídio no ano passado em todo o país, ou seja, 1,4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil. O número é 1,6% maior que o registrado em 2022, quando foram 1.440 vítimas.
“A cada dia as estatísticas do crime de feminicidio no Brasil aumentam mais. Este não é um fato isolado e individualizado. A luta contra violência contra a mulher é algo constante. É preciso chamar a atenção da sociedade e dos órgãos competentes sobre o aumento dos casos de violência e do feminicídio e sobre a impunidade. É preciso dar um basta nessa situação", alerta a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais.
A violência contra as mulheres marca a história e o imaginário de um país que sempre a utilizou como instrumento de dominação, sendo o feminicídio a triste consequência deste processo.
É revoltante ver mais uma mulher ser assassinada e, por isso, denunciamos mais este caso em que os sonhos e o direito de viver de uma mulher trabalhadora foi retirado.
As mulheres não querem ser números de estatísticas. Elas querem o fim de todas as mortes violentas. Pedimos justiça pela morte de Jordana e de todas as mulheres que diariamente são brutalmente violentadas, assassinadas e têm suas vidas negligenciadas pelo Estado. Queremos justiça!
A CONTAG expressa sua solidariedade aos familiares e amigos de Jordana, bem como ao STR de Fortaleza dos Valos (RS), reiterando o repúdio a todo ato de violência contra a mulher e mantendo-se firme no combate e enfrentamento a tais crimes e outras tantas formas de violência que depreciam o viver em sociedade.
Jordana Prass Hagemann presente!
Diretoria da CONTAG