A agricultura familiar gaúcha enfrenta uma forte crise financeira. Ela foi agravada, nos últimos anos, por diversas frustrações de safras e, mais recentemente, pela queda brusca do dólar, o que ocasionou um passivo de dívidas consideradas impagáveis em curto prazo. Durante as manifestações do Grito da Terra Brasil, realizado em maio, a Fetag encaminhou reivindicações ao governo federal sobre endividamento e o abusivo aumento de preços nos insumos e fertilizantes. No dias 15 e 18 de junho (ontem), respectivamente em Porto Alegre e em Ijuí, a Fetag promoveu reuniões com lideranças para levantar os principais problemas e assim elaborar um documento, que propõe medidas para garantir a sustentabilidade, o desenvolvimento e a sobrevivência da agricultura familiar. A Fetag enviou nessa terça-feira (hoje) as reivindicações ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
O presidente da Fetag, Elton Weber, disse que essa proposta é única e se refere não apenas ao endividamento, como também à descapitalização do agricultor em decorrência de problemas enfrentados na última década. Entre os principais itens, Weber destaca a renegociação das dívidas, repactuação de prazos, rebates para os adimplentes e, ainda, possibilidade de saldar compromissos fora do sistema financeiro, bem como uma intervenção ou acompanhamento de perto do governo federal na questão do aumento abusivo nos preços dos fertilizantes, que vão elevar o custo de produção e agravar a situação na agricultura. Mais informações: Elton Weber - (51-9978-0402)
Fonte: Assessoria de Imprensa - 19/06/2007 - Luiz Fernando Boaz - (51-9957-4274)