Na Pauta do Grito da Terra 2013, etapa Santa Catarina, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina, Fetaesc já incluiu o problema em sua lista de melhorias urgentes para a agricultura familiar catarinense. Entidade teme apagão no setor.
A FETAESC tem informado o governo sobre a demanda de energia elétrica suprimida em várias regiões do estado. Os casos mais emergências com queda no fornecimento contínuo e frequentes acontecem no Planalto Norte e Serra Catarinense. Além do prejuízo material com equipamentos queimados, o problema trava o processo de crescimento dessas regiões, impossibilitando mais renda para o agricultor e elevando ainda mais o êxodo rural. Assim como os produtores de tabaco, os de leite também enfrentam o problema, segundo Irineu Berezanski, Assessor de Planejamento da Fetaesc, e que coordena um estudo sobre o assunto encaminhado ao Governo Estadual na última semana. Ele conta que o problema vem se agravando e deixando os produtores impossibilitados de garantir a produção e a consequente renda.
Os produtores têm sido afetados constantemente com a queda do fornecimento e pela falta de investimentos dos governos nos últimos anos. Para tratar do assunto e discutir o tema a Fetaesc está realizando reuniões bimestrais desde maio com os técnicos do Governo do Estado, Celesc, e outras áreas institucionais com o objetivo de apresentar soluções a curto, médio e longo prazo. Os encontros são fruto de acordo em maio deste ano quando o Governador Raimundo Colombo recebeu a pauta do Grito da Terra 2013, Etapa Santa Catarina. Produzido pela Fetaesc o documento elenca todos os anos os principais desafios da Agricultura Familiar que no estado responde por mais de 90% das propriedades rurais.
Ficou acordado a partir de então, que, em conjunto com as secretarias e Celesc, o assunto seria debatido para que projetos para contornar um “possível apagão” fossem colocados em prática. Em uma das reuniões em setembro no Centro Administrativo em Florianópolis, entre o Secretário da Casa Civil Nelson Serpa, o Presidente da Celesc, Cleverson Siewert, o Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina, FETAESC, José Walter Dresch, diretores e técnicos da entidade e de outras áreas do governo do estado, foi definida estratégias para investimentos no setor elétrico do estado, entre eles uma subestação em Papanduva e outra em Irineópolis, ambas no Planalto Norte. Foi definido também durante as reuniões, que a Fetaesc, em conjunto com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais filiados, Epagri e Cidasc realizaria um levantamento para descobrir quantas propriedades rurais precisam de geradores. O documento, com os dados, foi entregue para o Governo do Estado na última semana.
O resultado servirá de base para o Governo do estado lançar um programa de compra de geradores subsidiados pelo setor público. O valor, se integral ou parte dos custos, ainda serão definidos. A Celesc também deve colaborar nesse montante.
O presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, defende os investimentos que segundo ele são urgentes para coibir um “apagão” do setor elétrico no estado. “Faz tempo que o produtor rural vem sofrendo com as quedas de energia na rede elétrica. Ele não suporta mais tantos problemas no fornecimento. Muitos querem crescer, plantar mais, contudo acabam sendo impossibilitados pela falta de investimentos no setor ao longo dos anos. O que só faz crescer o êxodo rural”, avaliou Walter.
A Fetaesc, tem nos próximos dias mais uma reunião com o Governo do Estado para avaliar o andamento dos projetos para a Agricultura Familiar, e do que foi proposto na Pauta do Grito da Terra Brasil, Etapa SC, entre eles, do setor de energia. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAESC - Beto Motta