Ministério Público investigará usina acusada de fraudar contratos de trabalhadores rurais
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Goiás (Fetaeg) impediu que 24 trabalhadores e trabalhadoras rurais fossem demitidos da Usina Panorama em Bom Jesus de Goiás. Os canavieiros seriam dispensados depois da greve de 7 dias, que aconteceu neste mês e mobilizou 400 canavieiros naquela empresa.
Os trabalhadores denunciavam, com a mobilização, as condições de trabalho e as irregularidades nos contratos de safra. A direção da Federação chamou o Chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Dr. Marcelo Ribeiro, que intermediou negociação entre canavieiros e usineiros na tarde desta terça-feira (25).
A Polícia Militar foi acionada para despejar os canavieiros e canavieiras do alojamento da empresa, na tentativa de impedir que os líderes da greve continuassem na mobilização. A intermediação do MPT e da Fetaeg impediu que as demissões e o despejo dos assalariados e assalariadas fossem concretizados.
O Procurador do Ministério Público disse que as irregularidades dos contratos na Usina Panorama serão investigados. Também garantiu que solicitará investigação ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) das denúncias feita pelos canavieiros.
O presidente da Fetaeg, Elias Borges, disse que a organização dos trabalhadores e trabalhadoras e a presença do MPT foi determinante para barrar a demissão dos grevistas. "Vamos apurar com detalhes as denúncias sobre a qualidade da alimentação dos cortadores e cortadoras de cana e também a falta de equipamentos de segurança", disse Elias.
A Federação assinou um termo com os usineiros que dá garantia aos trabalhadores e trabalhadoras de que não serão perseguidos e receberão todos os direitos trabalhistas no final da safra, que ocorre até o dia 14 de dezembro.
Informação: Elias Borges, presidente da Fetaeg - (62) 8119-3637 Luiz Henrique Parahyba (Imprensa) - (62) 8119-0220 FONTE: Fetaeg