O embargo europeu ao mel brasileiro, desde março de 2006, não impede que as exportações brasileiras desse produto continuem crescendo. Em março deste ano, o valor da exportação de mel duplicou e a quantidade exportada aumentou mais de 150% em relação o mês de fevereiro.O cenário do comércio internacional de mel para os próximos meses é favorável ao Brasil. É nisso que Paulo Levy, diretor da empresa Cerapi, exportadora cearense de mel orgânico, acredita. Ele diz que a safra do Nordeste será maior que a do ano passado e terá ótima qualidade.Outro ponto positivo e de destaque será a entrada em vigência, a partir do dia 1º de maio, da exigência da Aduana Americana de pagamento à vista da tarifa 'anti-dumping' de mais de 300% sobre a importação de mel da China. "Com essa medida, o mel chinês pode perder competitividade e, assim, haverá recuperação do preço do mel brasileiro e um aumento na demanda", avalia Levy.Há ainda o Distúrbio do Colapso das Colônias, que causou a diminuição de 25% dos enxames dos EUA. Houve também quebra na safra de mel na Ásia, em especial, no Vietnã e na China. Esses episódios têm como conseqüência a redução dos volumes ofertados por esses países, abrindo espaço para o mel brasileiro. Os apicultores brasileiros também estão na expectativa de que haja o retorno, no segundo semestre deste ano, das exportações de mel para a Europa. "A missão da União Européia ao Brasil atestou que o mel brasileiro está entre os que têm menor nível de resíduos", ressalta Levy. Para ele, esse é um sinal de que o embargo europeu ao mel brasileiro logo será extinto. CerasNo primeiro trimestre do ano, as exportações de outras ceras de abelhas foram da ordem de US$ 1,14 milhão. Esse resultado representa uma redução de 20,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Do total comercializado desse produto, 77% foi destinado ao Japão e 19,6% à China. A liderança na exportação foi de São Paulo (US$ 58,1 mil), seguido de Minas Gerais (US$ 500,2 mil). Os dados constam do levantamento consolidado pelos consultores da Unidade de Agronegócios do Sebrae e coordenadores nacionais da Rede Apicultura Integrada Sustentável (Rede Apis), Alzira Vieira e Reginaldo Resende. A referência é o Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet (Alice-Web), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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