Depois de compartilhar a experiência do Projeto Juventude e Gênero do Campo no Fórum Social Mundial, que aconteceu de 26 a 30 de março na Tunísia, o jovem de 23 anos do núcleo de Esperantinópolis, Juscelino Santos, revelou em entrevista a Assessoria de Comunicação da FETAEMA, os momentos marcantes no Fórum, as mudanças que os jovens e mulheres maranhenses tiveram após o Projeto e expectativas para futuro, entre outros assuntos. Comunicação FETAEMA – O que representou para você esta experiência em outro país, onde você esteve representando mais de 160 jovens e mulheres que integram o Projeto Juventude e Gênero no Campo? Juscelino Santos – Uma grande responsabilidade. Um momento único, onde levei todas as experiências desenvolvidas nos 4 Núcleos do Projeto Juventude e Gênero no Campo para o outro lado do mundo. O Maranhão foi um dos grandes destaques do Fórum, pois durante toda a nossa Oficina na Tunísia, pessoas de todos os continentes apreciaram com entusiasmo o Projeto exitoso desenvolvido pela FETAEMA e seus STTR´s filiados. CF- Após a apresentação da Oficina, que resultados você já percebeu ainda no Fórum Social Mundial no que se refere ao Projeto Juventude e Gênero no Campo? Juscelino – As mais de cem pessoas presentes no espaço de apresentação da nossa Oficina comentaram que este Projeto desenvolvido pela FETAEMA, precisa ser seguido por todos (as), inclusive na Tunísia, onde muitos jovens trabalhadores (as) rurais deixam suas terras para procurar emprego na Europa. Desta forma, a experiência do Maranhão ficou como um modelo a ser seguido, por valorizar a agricultura familiar, gerar renda, desenvolver uma produção alimentar orgânica e acima de tudo, garantir a permanência do jovem no campo. CF- Após dois anos como educando, o que significa hoje o Projeto Juventude e Gênero para você? Juscelino- O Projeto foi e é uma verdadeira porta de conhecimentos e boas experiências a serem seguidas. Muito do que temos hoje, se deve ao Projeto Juventude e Gênero no Campo. Atualmente temos aumentado nossa produção de alimentos e criação de animais. Formamos um grupo de conscientização ecológica, com o objetivo de lutar pela conservação do Rio Mearim, segundo principal rio do Maranhão. A inclusão social, possibilitada pelo Projeto trouxe para nós uma reflexão a cerca do trabalho degradante, e a partir desta análise temos combatido o aliciamento de crianças e jovens que trabalham na extração de areia na comunidade do Palmeiral. Estas são algumas conquistas a partir do Projeto. CF- Então podemos dizer que a FETAEMA e seus STTR´s estão cumprindo sua missão em prol das populações do campo e ribeirinhas maranhenses? Juscelino – A FETAEMA, hoje é um espelho a ser seguido por muitos grupos e pessoas. É uma entidade que vem lutando por políticas públicas para o campo. Através das suas ações estratégicas tem garantido o direito de muitas mulheres e jovens do meio rural. Hoje estamos ocupando lugares nas esferas de decisão, quer seja dentro ou fora dos espaços do MSTTR. No próprio STTR de Esperantinópolis, temos hoje como secretária de Jovens e Mulheres, uma educanda no Projeto Juventude e Gênero no Campo, exemplo que foi seguido também nos sindicatos de Vargem Grande e Açailândia. CF- Para encerrarmos nossa entrevista, gostaria que deixasse uma mensagem aos nossos (as) jovens e mulheres do meio rural maranhense. Juscelino - Temos que permanecer no campo lutando por melhorias para nossas comunidades. Precisamos a cada dia nos organizarmos, sempre pensando no coletivo. Com nossa união, teremos força para cobrar do poder público, melhorias para a nossa categoria rural. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAEMA - Barack Fernandes