Responsável pela secretaria de Assalariados(as) Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG), Elias D’Angelo nos apresentou suas impressões sobre a atividade realizada em Montevidéu, de 25 a 29 de novembro.
-Qual é a sua avaliação do seminário organizado pela Rel-UITA em parceria com a OIT na semana passada em Montevidéu? -O encontro foi importante para aproximar as organizações sindicais que trabalham com a problemática dos assalariados rurais. Também nos permitiu conhecer outras realidades e coordenar ações em um futuro próximo. Houve exposições muito boas, que "fotografaram" o panorama do espaço rural, seus habitantes e desafios. Todo um mapeamento que nos permite conhecer mais profundamente as complexidades que devemos considerar para elaborar um plano de ação mais ajustado à realidade. -Estou convencido de que a CONTAG e o seu departamento de assalariados rurais vão se consolidando no plano internacional... -Neste sentido temos que destacar que, no princípio de novembro, mantivemos uma importante reunião com a OIT em Brasília, da qual participaram Stanley Gacek, Diretor Adjunto, e Luiz Machado, Coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Forçado, dentro da campanha que a CONTAG e a Rel-UITA instrumentaram contra a regulamentação da PEC 57-A, entendida como um claro retrocesso na luta contra o trabalho escravo no Brasil. Agora, aqui em Montevidéu, participamos desta atividade organizada por vocês e pela OIT, através do Programa de Atividades para os Trabalhadores (ACTRAV), que nos permite continuar intercambiando com as outras organizações irmãs os nossos trabalhos em defesa dos assalariados rurais. Este tipo de encontros serve para que possamos conhecer melhor os companheiros, nos aproximarmos dos dirigentes de diferentes países e, por outro lado, divulgar as particularidades de nossa Confederação e de nosso trabalho: deve ser levado em conta que 60 por cento dos assalariados rurais do Brasil não têm carteira assinada.
FONTE: Rel-UITA - Gerardo Iglesias