Em um ato político que inaugurou duas placas comemorativas da Enfoc a Escola de Formação da Contag e a Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais comemoraram quatro anos de criação da escola, 10 anos de Marcha das Margaridas e lembraram o 27º aniversario de morte de Margarida Alves.
A inauguração da placa deu nome à sala de aula da Enfoc de “Margarida Maria Alves”, que morreu há 27 anos, assassinada na porta de casa.
Já a secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro fez uma fala entusiasmada que lembrou a luta das mulheres e o enfrentamento à violência. Carmen fez alusão à luta de Margarida Alves e o modo trágico como deixou a vida.
Além disso, também falou da homenagem feita pelas mulheres trabalhadoras rurais por meio da realização da Marcha das Margaridas, que é uma mobilização nacional que luta por melhores condições de vida para as mulheres.
Carmen também saudou a Enfoc por não deixar passar o dia ’12 de agosto’ despercebido. “É um dia de luta para todo o movimento sindical, somos sementes de Margarida Alves nessa luta”, disse. O secretário de Formação e Organização Sindical da Contag, Juraci Souto, disse que é muito ‘gostoso falar da escola’, pois a formação da Contag é feita por muitas mãos e recebe o apoio de todos, diretoria, assessoria, colaboradores, funcionários e federações. Souto fez um levantamento e disse que desde o início já passaram pela escola nos últimos quatro anos mais de três mil pessoas. “Isso mostra que a política nacional de formação da Contag está caminhando muito bem”, analisou o secretário.
A companheira Raimundinha Damascena foi convidada a fazer um resgate da historia da Enfoc, pois foi em seu mandato como secretária de Formação e Organização Sindical que deu início à Enfoc. Após os discursos de abertura, as duas placas foram inauguradas com a presença da comissão nacional de mulheres e com dos educandos da 3º turma nacional da Enfoc. Também participaram do ato político, representando a executiva da Contag, os secretários Aristides Veras, David Wilkerson, Rosicleia dos Santos, Elenice Anastácio, Willian Clementino e José Wilson. Margarida Alves - A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de Marcha das Margaridas em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba. Margarida Maria Alves era Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Ela obteve grande destaque na região por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos protegidos pela legislação trabalhista. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias. FONTE: Suzana Campos, Agência Contag de Notícias