Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
4º ENAFOR
Encontro Nacional de Formação promove debate sobre representação e representatividade sindical e reforma política
WhatsApp

13 de Novembro de 2014


Gabriella Avila
TEMAS RELACIONADOS:
4º enafor



Os temas representação e representatividade sindical e reforma política foram debatidos na tarde desta quinta-feira (13), 4º dia do Encontro Nacional de Formação (ENAFOR), no diálogo realizado na Praça Brasil, em alusão às mudanças que o País precisa para se tornar uma nação mais justa, solidária e igualitária para todos e todas.

Os expositores foram o presidente da CONTAG, Alberto Broch, o secretário de Formação e Organização Sindical, Juraci Souto, o representante do Instituto de Estudos Sócio-Econômicos (Inesc) e da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política, José Antônio Moroni, e a representante da CFêmea, Guacira César. A coordenação do momento foi da secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais.

Alberto Broch focou nas mudanças que estão ocorrendo na organização sindical do campo. “Ao longo dos seus 50 anos de história e de luta, a CONTAG passou por muitas transformações. Saímos de um cenário de uma agricultura somente para subsistência para uma agricultura familiar forte, integrada aos mercados, que tem suas agroindústrias, que respeita as diversidades regionais e culturais, além do desafio de enfrentar a diminuição de pessoas vivendo no campo. Nesse sentido, temos o desafio de representar essa agricultura familiar com essas especificidades. É importante debater esse tema no ENAFOR porque a formação política não pode ficar fora dessa discussão.”

Sobre a reforma política, a primeira a contribuir com o debate foi Guacira César. Ela afirmou que as eleições estão totalmente contaminadas e dominadas pelo poder econômico. “Quando falamos de reforma política queremos justiça econômica. Como falamos em democratização do poder se a maioria da composição do Congresso Nacional é de homens, brancos, empresários e proprietários rurais? Quando falamos de reforma do sistema político, não falamos somente de uma reforma eleitoral, precisamos de democracia direta, participativa e representativa, uma reforma que combata a corrupção, nepotismo e os interesses privados.” Para Guacira, o atual sistema político não permite que isso ocorra. “Queremos também paridade entre os gêneros. Esse sistema é racista, machista e patrimonialista. E não existe forma melhor de colocar a paridade em prática do que com a democracia participativa. Queremos um Congresso com metade de homem e metade de mulher, mas não queremos qualquer mulher. E para a juventude entrar nesse espaço somente sendo filhos da oligarquia. Quem não quer eleger as mulheres, os trabalhadores, os índios e os negros são as pessoas que estão no poder. E não será com o atual Congresso que vamos conseguir fazer as reformas que precisamos. As nossas eleições são uma das mais caras e quem ganha já chega com ‘rabo preso’ com os grandes empresários que financiam as campanhas.”

Moroni trouxe outros aspectos para o diálogo. “Quando falamos em reforma política, falamos em exercício do poder. Hoje, quem tem o poder para exercer é quem tem o capital. Então, a primeira característica do nosso sistema político é que ele não está alicerçado na soberania popular, está no poder do capital. E esse poder não se expressa somente no momento da eleição. O agronegócio investiu mais de R$ 400 milhões nessas eleições, e também se expressa nas decisões das políticas públicas, para onde vai o crédito, e por aí vai.” Moroni também explicou os cinco grandes eixos da reforma política são: fortalecimento da democracia direta; fortalecimento da democracia participativa; fortalecimento da democracia representativa; democratização dos meios de comunicação; e democratização do sistema de justiça. “Temos que acabar com o financiamento de campanha por empresas e temos que saber para quem está indo o nosso voto.” Para isso, ele disse que é preciso convocar uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para fazer a reforma política. “O poder de decisão precisa estar com o povo. A Constituição de 88 avançou muito em alguns pontos, mas no que tratou do poder, do capital e da riqueza perdemos muito. Aí entendemos porque muitos dos nossos direitos garantidos lá não são efetivados.” A outra estratégia para mudar o sistema político brasileiro é o Projeto de Iniciativa Popular, que precisa de 1,5 milhão de assinaturas. “Precisamos intensificar essa mobilização em todo o País”.

Ainda neste diálogo foi feita a leitura e aprovação de moção de apoio dos participantes do 4º ENAFOR à reeleição de José Graziano da Silva à direção-geral do órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em meados de 2015. A CONTAG, as Federações e Sindicatos entendem que Graziano vem fazendo um bom trabalho, valorizando a importância socioeconômica e ambiental da agricultura familiar no combate à fome e à miséria, na garantia da soberania e segurança alimentar, e à abertura que vem dando ao diálogo da FAO com a sociedade civil organizada.



FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico