A seca que assola a região semiárida brasileira traz muitos prejuízos aos agricultores familiares. Dentre os tantos problemas que enfrentam no momento, estão infraestrutura, distribuição de água e de milho para alimentar os animais. A região Nordeste, que tradicionalmente não produz quantidade suficiente do cereal, teve piora na produção por conta da seca, e precisa comprar o produto de outras regiões brasileiras.
A demanda do Nordeste é de 400 mil toneladas de milho. A principal dificuldade para que este produto chegue até lá é o transporte. Mesmo a CONAB promovendo leilões de frete para subsidiar o custo do transporte, os contratos realizados com as empresas demoram a ser cumpridos.
Há ainda a reclamação de que, do milho que chega, grande parte é distribuída para as propriedades de maior demanda, que não correspondem à agricultura familiar. “O milho não está chegando. Quando chega, não é distribuído para o nosso público”, denuncia o secretário de Política Agrícola da CONTAG, Antoninho Rovaris.
COBRANÇASDEPROVIDÊNCIAS Em busca de soluções para este e os outros problemas resultantes da seca, dirigentes da CONTAG e das FETAGs dos estados do Nordeste estiveram reunidos em audiência com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da CONAB e com o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Nestas reuniões foram esclarecidas as emergências e cobrados resultados. Uma das principais reivindicações é que a distribuição de milho seja feita de forma que atenda a todos, e continue até fevereiro, pois a previsão é que a estiagem se prolongue.
No entanto, as respostas do governo foram vagas, e a comissão de dirigentes saiu insatisfeita das audiências. A CONTAG continuará pressionando o governo na tentativa de melhorias na situação dos estados que sofrem com a seca. “Estão previstas uma audiência pública em Fortaleza, neste mês, para a discussão do tema e uma reunião do grupo de trabalho interministerial com a CONTAG e FETAGs, no início do ano, para traçar um plano de convivência”, adianta Antoninho. FONTE: Imprensa CONTAG