Territorialidade e Cultura são os temas centrais do Encontro de Formação de Educadores/as e Coordenadores/as da Educação de Jovens e Adultos do Campo - EJA Campo - Nível Médio, que está acontecendo desde a ultima terça no município de Carpina, na Zona da Mata. A atividade, que envolve 150 participantes de todas as regiões do estado, ocorre por meio de uma parceria entre a Fetape e a Secretaria de Educação de Pernambuco. A professora Rosilene de Souza Costa, de Petrolina, no Sertão do São Francisco, já leciona há 13 anos, mas atua com educação do campo somente há quatro meses. Para ela, a troca de experiências possibilitada pela atividade é muito significativa. “Estou tendo um conhecimento amplo sobre a importância de resgatar a cultura do povo do campo, para que ele não precise sair do seu território e migrar para a cidade. Está sendo fantástica essa formação, que busca uma melhoria na qualidade de vida para essa população”, avalia Já o professor Marciano de Carvalho Batista, do município de Itaiba, no Agreste do estado, explica que a experiência de educação do campo tem sido inovadora para sua vida, já que antes ele trabalhava com a educação no meio urbano. “Aqui a gente tá aprendendo a ver os alunos do campo de uma forma diferente, percebendo onde a gente está acertando, e onde está errando, e procurando melhorar a nossa prática no dia a dia com eles”. O Governo do Estado reconhece a importância e a riqueza da parceria com a Federação, no processo de formação de profissionais mais propositivos para a atuação em sala de aula. “Os Movimentos vêm para contribuir com a formação humana e politica. Isso ocorre principalmente com a Fetape, que é um movimento ligado ao sindicalismo, que trata da luta e da garantia dos direitos para o trabalhador”, pontua o técnico Marcos Antônio Soares, da Coordenadoria Estadual de Educação do Campo. Para o vice-presidente da Fetape, Paulo Roberto Rodrigues, essa forma de construir junto traz um diferencial muito importante para o processo formativo. “Muitas vezes se tem o conhecimento teórico, como o dos professores, construído na sua formação acadêmica; mas se precisa conhecer mais sobre a prática que, no caso, está no conhecimento dos trabalhadores, construído na vida, no trabalho, nas lutas sociais. Aqui. as pessoas podem perceber que esses conhecimentos precisam andar juntos. Isso traz, com certeza, uma nova forma de fazer. A educação do campo que a gente defende é essa: que olha para o sujeito da forma como ele é, de onde ele está e como vive. Isso é muito importante e nem sempre a academia consegue transmitir.” O encontro, que segue até amanha (17), tem sido dinamizado com jornadas pedagógicas, palestras e rodas de diálogo. A secretária executiva de Educação do estado, Ana Selva, confirmou presença na atividade nesta sexta-feira.
FONTE: Assessoria de Comunicação FETAPE