Depois da manifestação realizada na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na manhã desta quarta-feira, 26/3, uma comissão de trabalhadores rurais ligados a Contag e outros movimentos sociais foram recebidos pela direção do banco.
A pauta apresentada ao diretor de Desenvolvimento Social, Elzio Gaspar, questionava principalmente a expansão da monocultura financiada pelo BNDES do eucalipto e da cana na região sudeste. "Eles assumiram o compromisso de criar um grupo de trabalho para discutir o assunto", contou Paulo Caralo, secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da Contag, que participou da audiência no Rio de Janeiro.
Os manifestantes ainda saíram do encontro com outra reunião agendada para o dia 4 de abril, quando a pauta será discutida ponto a ponto. "Queremos criar mecanismos para impedir o financiamento do agronegócio na região que desprezam as questões sociais, ambientais e trabalhistas", declara Caralo.
Pró-agricultura familiar Durante o encontro, os manifestantes ainda expressaram como se sentem desprezados pelo Banco em relação aos investimentos e empréstimos dos projetos ligados a agricultura familiar e a reforma agrária. "Estamos reivindicando também recurso para a região".
A manifestação contou com a participação de aproximadamente 400 trabalhadores rurais de diferentes movimentos sociais dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Juntos, eles lutam contra a ordem de prioridade nos financiamentos do BNDES que vêm privilegiando o agronegócio e as grandes empresas de capital privado. FONTE: Erika Meneses e Ciléia Pontes